Foram alguns anos de críticas e exibições apenas razoáveis até o começo da Copa das Confederações, em que teve grandes atuações e saiu com o título, mas nesta quarta-feira (14) o mau futebol voltou, e a seleção brasileira foi derrotada por 1 a 0 pela Suíça em amistoso disputado no estádio St. Jakob Park, na Basileia.
O Brasil criou pouco, principalmente no segundo tempo, e teve como melhor chance de gol uma bola na trave em cabeçada de Paulinho, minutos antes do intervalo. A equipe anfitriã também não estava inspirada no setor ofensivo, mas contou com um gol contra de Daniel Alves logo no começo da etapa final para vencer (assista abaixo).
A seleção tem ainda sete amistosos oficiais até a Copa do Mundo, em junho do ano que vem. O próximo deles está marcado para 7 de setembro, contra a Austrália, em Brasília. Os suíços, por sua vez, vão em busca da confirmação da vaga na Copa. Líderes de sua chave nas Eliminatórias, eles receberão a Islândia no mesmo dia.
Essa foi apenas a segunda derrota em 13 jogos desde a volta do técnico Luiz Felipe Scolari – a primeira aconteceu logo na estreia, por 2 a 1 diante da Inglaterra -, e ainda a primeira vez em que o Brasil não marcou gols.
Felipão fez apenas duas modificações em relação ao time base da Copa das Confederações. Jefferson recebeu uma chance como goleiro titular, e na defesa, David Luiz sentiu dores durante o treinamento de terça-feira (13) e deu lugar a Dante.
A Suíça, por sua vez, tem uma safra de bons jogadores nas quais se destacam o lateral Lichtsteiner, da Juventus, os meio-campistas Dzemaili e Behrami, ambos do Napoli, e o meia-atacante Shaqiri, campeão alemão e europeu pelo Bayern de Munique.
Com maior volume de jogo no começo, a seleção brasileira levou perigo aos três minutos do primeiro tempo. Oscar recebeu de Neymar e tocou para dentro da área até Hulk, que emendou de primeira e encobriu a meta.
Conhecida por ter uma defesa forte, principalmente nos últimos anos, a Suíça não se limitava a ficar atrás e também criava boas jogadas. Aos 14 minutos, Hulk deu bobeira na saída de bola, Shaqiri rolou e Stocker bateu cruzado, parando em Dante.
A resposta brasileira foi dada dois minutos depois, com Hulk. O camisa 19 foi acionado na entra da área por Fred, ajeitou e encheu o pé. A bola foi em cima de Benaglio, que fez a defesa.
Aos 27, a equipe visitante levou um susto. Xhaka teve espaço pelo meio e soltou uma bomba de longe. Jefferson não conseguiu segurar e já ia levando um frango, mas conseguiu se recuperar.
A melhor chance da primeira etapa aconteceu aos 36 minutos, com Paulinho. Neymar bateu escanteio curto, recebeu de volta e levantou na cabeça do volante, que arrematou no travessão. Três minutos depois, Neymar encarou a marcação pela esquerda, entrou na área e foi puxado, mas a arbitragem não marcou pênalti.
Engrenada nos minutos finais, a seleção voltou a dar trabalho aos 43, quando Hulk foi acionado na direita no contra-ataque e tocou para a área até Oscar, que dominou no peito e finalizou raspando a trave.
Em bom momento antes do intervalo, os visitantes receberam um balde de água fria logo aos dois minutos da etapa final. Seferovic desceu com espaço pela direita e cruzou para a área. Mesmo sem ser pressionado por nenhum suíço, Daniel Alves cabeceou para trás, acertou o ângulo e marcou um bonito gol contra.
A pane no sistema defensivo brasileiro não parou por aí. Dante recuou com muita força para Jefferson, que teve dificuldades para dominar e ainda foi pressionado, mas se virou e afastou o perigo.
Apesar do placar adverso, Felipão não abriu mão de fazer testes e mexeu no time cinco vezes com menos de 20 minutos. Isso esfriou um pouco o ímpeto do Brasil, mas algumas boas jogadas ainda aconteciam. Aos 16, Maxwell descolou ótimo cruzamento rasteiro da esquerda, tirando de todos os defensores. Hulk pegou de primeira e tirou tinta do travessão.
Tentando não se deixar sufocar, a Suíça atacou bem de novo aos 20, quando Shaqiri de fora da área e mandou por cima, a centímetros do travessão.
A segunda metade do segundo tempo foi de poucas emoções. A equipe da casa ameaçava apenas em chutes de longe, enquanto o Brasil ainda tentava trocar passes, mas a falta de entrosamento era nítida. Já nos acréscimos, em mais um escanteio curto de Neymar, Hernanes soltou a bomba do bico esquerdo da área e acertou a rede, mas pelo lado de fora.
Ficha técnica:
Suíça: Benaglio; Lichtsteiner (Lang), Klose, Senderos (Schär) e Rodríguez; Behrami, Dzemali (Schwegler), Stocker (Barnetta), Xhaka e Shaqiri (Mehmedi); Seferovic (Gavranovic). Técnico: Ottmar Hitzfeld.
Brasil: Jefferson; Daniel Alves (Jean), Thiago Silva, Dante e Marcelo (Maxwell); Luiz Gustavo (Fernando), Paulinho e Oscar (Hernanes); Neymar, Hulk (Lucas) e Fred (Jô). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Árbitro: Deniz Aytekin (Alemanha), auxiliado por seus compatriotas Guido Kleve e Markus Hacker.
Cartões amarelos: Senderos e Schwegler (Suíça); Fernando e Neymar (Brasil).
Gol: Daniel Alves (contra) (Suíça).
Estádio: St. Jakob Park, na Basileia.
