As autoridades turísticas do Brasil minimizaram a importância dos cortes orçamentários que entrarão em vigor neste ano e garantiram que darão prioridade aos projetos para a preparação da Copa do Mundo de 2014.
Em declarações à Agência Efe, o Diretor de Mercados Internacionais do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Marcelo Pedroso, se mostrou convencido de que não haverá alterações nos preparativos.
Marcelo esteve esta semana em Portugal para assistir a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), uma feira de setor importante do país, na qual o Brasil foi convidado especial e o expositor mais destacado.
Apesar da redução em cerca de três quartos do orçamento destinado ao Ministério do Turismo (equivalente a mais de R$1,941 bilhão) para 2012, “todos os programas e ações relacionadas com o setor serão executadas, porém, de forma ponderada”, ressaltou o diretor.
“Temos uma oportunidade única de promover e fortalecer nossa imagem. Os olhos do mundo se dirigem agora para o Brasil e achamos que cada vez mais turistas vão se interessar por nossos atrativos e nossa diversidade turística”, afirmou.
O diretor brasileiro pediu confiança nos prazos estabelecidos, em um momento no qual alguns críticos alertaram sobre o atraso na construção de algumas infraestruturas.
Um dos últimos a questionar foi o secretário-geral da Fifa, Jérome Valcke, que disse esta semana em Londres que o Brasil precisa de “um chute no traseiro” para acelerar as obras visando a Copa do Mundo.
“As infraestruturas estão sendo executadas dentro dos prazos previstos. A maior parte dos estádios já está em uma fase avançada para receber os jogos em 2014, e agora começam também as obras de mobilidade urbana, com um investimento de mais de 11 bilhões de reais”, ressaltou o representante da Embratur.
Marcelo opinou sobre a contribuição governamental dirigida a acabar com a violência nas favelas, o que permitiu que ano após ano a questão preocupe menos os turistas estrangeiros que visitam o país.
Em 2011, o Brasil recebeu cerca de 5,4 milhões de turistas estrangeiros, número que deve aumentar cerca de 300 mil pessoas a neste ano.
O foco do país agora é na divulgação da promoção turística: “a diversidade de destinos” dentro do próprio Brasil, já que “muitos deles são ainda pouco conhecidos na Europa”.
Neste sentido, Portugal terá um papel importante como “país irmão” que, apesar de atravessar uma das piores crises de sua história, continua sendo um dos 10 principais mercados para o Brasil.
A Embratur prevê que em 2012 entre 180 mil e 200 mil cidadãos lusos cruzem o Atlântico, números similares ao dos dois últimos anos.