Com uma atuação repleta de altos e baixos – mais baixos do que altos -, o Brasil não conseguiu se impor ao Chile e empatou por 2 a 2, nesta quarta-feira, em sua estreia no novo Mineirão.
Depois de ver Marcos González abrir o placar logo no início do jogo, a Seleção virou com gols de Réver e Neymar. Quando o triunfo brasileiro parecia perto, o Chile empatou com Vargas.
A partida, disputada apenas por atletas das duas ligas nacionais, foi a primeira da Seleção em um estádio remodelado para a Copa do Mundo de 2014. Também serviu como o seu último teste antes da Copa das Confederações, que acontecerá entre 15 e 30 de junho deste ano.
O Brasil começou o jogo em ritmo de treino, dando campo para que o Chile chegasse com força ao ataque. Aproveitando-se da falta de apetite da Seleção, os chilenos abriram o placar em sua primeira investida perigosa, aos 7 minutos.
O gol, aliás, coube a um jogador bastante conhecido do futebol brasileiro, Marcos González. Após bola levantada na área, Diego Cavalieri saiu mal e permitiu que Cortés escorasse para o zagueiro do Flamengo cabecear para o gol vazio.
Cinco minutos depois, o Chile quase marcou o segundo. Réver e Dedé perderam a disputa para o ataque adversário, deixando campo livre para que Mena conduzisse a bola até a área. Cara a cara com Cavalieri, o chileno bateu mal, nas pernas do goleiro brasileiro. Na sequência do lance, Rubio arriscou de média distância e quase surpreendeu o goleiro do Fluminense.
O novo susto finalmente levou o time brasileiro à frente. Aos 15 minutos, Jadson ficou com a bola no bico da área e bateu forte. Caprichosamente, a finalização parou na trave.
Apesar dessa chegada, o meia do São Paulo, assim como Ronaldinho e Neymar, pouco aparecia no jogo, deixando Leandro Damião isolado. Como a bola quase não chegava, o camisa 9 do Brasil lutava bastante a cada jogada.
Em uma delas, o centroavante do Internacional acreditou em uma bola praticamente perdida e descolou um escanteio. Na cobrança, aos 24 minutos, Neymar achou o zagueiro Réver, que cabeceou firme para empatar. Festa da torcida brasileira, sobretudo da metade atleticana no estádio, que pôde comemorar o gol do seu xerife.
Antes do intervalo, Neymar ainda teve a chance de decretar a virada, mas acabou isolando a bola após bela assistência de Jean.
Na volta para o segundo tempo, o treinador Luiz Felipe Scolari resolver dar chance a Henrique e Alexandre Pato, sacando Dedé e Leandro Damião.
Mesmo sem ser envolvente, o Brasil melhorou e não demorou a fazer o segundo, aos 9 minutos. Após uma linda triangulação, Pato recebeu de frente para o goleiro Johnny Herrera. O atacante do Corinthians teve calma e rolou para Neymar, que teve apenas o trabalho de empurrar para o gol vazio.
Quando o jogo parecia controlado, o Chile deixou tudo igual novamente. Aos 18, o gremista Vargas arriscou do meio da rua e acertou um belíssimo chute, sem chances para Cavalieri.
Incomodada com o retrospecto de apenas uma vitória sob o comando de Felipão, e ainda assim sobre a fraca Bolívia, a Seleção foi para cima em busca do terceiro gol.
No entanto, sem inspiração, o Brasil pouco assustou Johnny Herrera até o fim do jogo e frustrou os quase 60 mil torcedores que estiveram no Mineirão. Para deixar claro o seu descontentamento com mais uma fraca exibição, a torcida mineira terminou o jogo vaiando a Seleção e gritando “olé” a cada toque dos chilenos.
Antes do apito final, a arbitragem resolveu aparecer. Primeiro, o paraguaio Carlos Amarilla ignorou pênalti em Osvaldo. Depois, marcou impedimento inexistente quando o Chile marcaria o seu terceiro gol.
No fim, se a partida servia como teste, a Seleção acabou reprovada.