Depois de fazer uma ótima primeira fase e se classificar às quartas de final do torneio feminino de handebol dos Jogos Olímpicos de Londres como primeira colocada de seu grupo, a seleção brasileira foi eliminada nesta terça-feira (07) ao perder para a Noruega por 21 a 19 depois de liderar o placar em boa parte do jogo, mas abusar de erros no fim e sofrer a virada.
As norueguesas eram as atuais campeãs olímpicas e mundiais, além de grandes favoritas ao ouro. Mas como tiveram uma performance decepcionante na fase de grupos, conseguindo apenas a quarta colocação, o cruzamento entre as duas seleções aconteceu antes do que o esperado pelas brasileiras.
No começo da partida, o bom momento do Brasil na competição pesou. E as comandadas do técnico dinamarquês Morten Soubak pareciam ignorar o favoritismo das adversárias. Nos primeiros dez minutos, as brasileiras abriram 8 a 4, e mantiveram essa vantagem de quatro gols até o intervalo, quando o placar apontava 13 a 9.
No segundo tempo, com a goleira Chana tendo ótima atuação e as atacantes correspondendo à altura na frente, o Brasil fez 15 a 9. Porém, um apagão da equipe fez as norueguesas diminuírem a diferença para apenas dois gols, e com isso Morten Soubak pediu tempo. Quando as seleções voltaram à quadra, as brasileiras voltaram a marcar, mas não conseguiram mais ter uma vantagem superior a dois gols. E as norueguesas começaram a mostrar o equilíbrio e o volume de jogo que faltaram a elas na primeira etapa.
Esse equilíbrio ficou ainda mais claro quando a Noruega chegou ao empate. Mas quando as campeãs mundiais conseguiram a virada, por 19 a 18, as brasileiras acusaram o golpe. Até marcaram na sequência, empatando o placar novamente. Mas a partir daí sofreram um apagão e cometeram um festival de erros. Desperdiçaram cinco ataques consecutivos e viram as adversárias, mais frias, experientes e decisivas, fazer 21 a 19. O sonho de uma inédita medalha em Olimpíadas, alavancado com recentes boas campanhas em campeonatos e amistosos internacionais, ficou para 2016, no Rio de Janeiro.
Se serve como consolo, a seleção brasileira fez sua melhor campanha em Jogos Olímpicos. No entanto, deixa Londres sem subir ao pódio e com a sensação de que poderia ter ido mais longe.