O Borussia Dortmund bateu o Bayern de Munique por 4 a 2 neste sábado (27), conquistando a Supercopa da Alemanha pela quarta vez em sua história, de quebra, se vingando do rival que o derrotou na decisão da Liga dos Campeões da Europa, em maio.
No duelo envolvendo o campeão alemão – também da Copa da Alemanha e da Champions – e o vice europeu e nacional, levou a melhor o time que ficou sem títulos na temporada passada. Os gols da conquista foram marcados por Reus, duas vezes, Van Buyten, contra, e Gündogan. Autor do gol do título continental, Robben marcou os dois do time bávaro.
Esta é a quarta conquista do time de Dortmund, que hoje jogou em seu estádio, o Signal Iduna Park, na competição. Com isso, o clube alcança o próprio Bayern de Munique, maior campeão da Supercopa, que existe desde 1987.
A vitória dos comandados de Jürgen Klopp frustra a chance do técnico espanhol Josep Guardiola de levantar sua primeira taça com o Bayern, com a quebra de uma sequência irrepreensível do clube. Esta também é a primeira derrota do ex-comandante do Barcelona em 10 amistosos disputados.
Para o jogo de hoje, o Bayern deu uma “goleada” no quesito alterações com relação a final de dois meses atrás. Foram cinco mudanças contra uma do rival. O destaque entre as caras novas é o meia espanhol Thiago Alcântara, recém-contratado junto ao Barcelona por 25 milhões de euros.
Todos os brasileiros do Bayern, Rafinha, Dante e Luiz Gustavo começaram o jogo no banco de reservas. O zagueiro foi um dos jogadores que estavam na decisão do torneio em Wembley. O volante, por sua vez, entrou nos minutos finais daquele jogo.
Nitidamente mais entrosado, o Dortmund foi para cima desde o início e não demorou para encontrar o caminho do gol. Aos cinco minutos, Lewandowski cruzou da direita, Bender ajeitou de cabeça nas mãos de Starke, que acabou soltando a bola. Esperto, Reus foi veloz para tocar antes da recuperação do goleiro, abrindo o placar.
Mal sentiu o golpe e o time de Guardiola sofreu outro gol, de Lewandowski, que aos 7 minutos, ficou cara a cara com Starke e bateu para o fundo das redes. A arbitragem, comandada por Jochen Drees anulou o gol. A resposta do Bayern só veio aos 14, quando Weidenfeller fez ótima defesa após chute à queima-roupa de Shaqiri.
No melhor estilo Guardiola, com extrema capacidade de manter a posse de bola, o Bayern conseguiu diminuir o ímpeto do adversário. Mesmo assim, a equipe bávara não conseguia se impor, muito por causa da forte marcação imposta pelo time do técnico Jürgen Klopp.
Coube ao discreto Gündogan, do Dortmund, fazer o jogo ficar movimentado no primeiro tempo. Aos 40, depois de matar no peito dentro da área, o volante foi travado na hora do chute por Van Buyten. Três minutos depois, o camisa 8 tentou chute de fora da área, mas Starke fez boa defesa.
Para o segundo tempo, o Borussia Dortmund voltou com uma mudança: Kehl no lugar de Bender, aumentando ainda mais o poder de marcação do meio de campo da equipe.
Nada disso impediu que o Bayern fosse buscar o gol de empate, e logo com o meia-atacante holandês Robben – autor do gol da vitória na final da Liga dos Campeões -, que marcou de cabeça aos 9 minutos do segundo tempo, após cruzamento preciso de Lahm, em jogada iniciada por Thiago Alcântara.
O gol, curiosamente, acendeu os rivais, que nos dois minutos seguintes marcaram dois gols. Primeiro, com a ajuda do zagueiro do Bayern, Van Buyten, que escorou contra as próprias redes uma bola centrada por Gündogan.
O camisa 8 apareceu em seguida para concluir um contra-ataque mortal da equipe comandada por Jürgen Klopp. O alemão recebeu na esquerda, carregou a bola para o meio e da entrada da área e bateu com categoria para ampliar.
E coube a Robben recolocar o Bayern no jogo, aos 19 minutos do segundo tempo. Após outra jogada de Lahm pela direita, o holandês dominou na área, girou para cima de Subotic e bateu com categoria, sem dar chances para Weidenfeller.
Pouco depois do gol, por pouco Mandzukic não sela o empate em alto estilo. O croata emendou uma meia-bicicleta dentro da área, em finalização que saiu à esquerda do goleiro do Dortmund. Em seguida, Guardiola lançou Schweinsteiger no lugar de Shaqiri.
Klopp respondeu aos 25 minutos, colocando o atacante gabonês Aubameyang no lugar de Blaszczykowski. Logo depois, foi a vez de Pizarro ganhar a vaga de Mandzukic, no Bayern de Munique.
A equipe dona da tríplice coroa da última temporada foi para cima na base do abafa. Aos 34 minutos da etapa final, por muito pouco o empate não saiu, quando Thiago Alcântara deu passe na medida para Thomas Müller, que dentro da área emendou de primeira, acertando o travessão.
Pressionado, o Dortmund precisou avançar para reduzir espaços, e por pouco não volta a marcar. Aos 34, com Aubameyang, que ficou cara a cara com Starke, mas bateu em cima do goleiro. Um minuto depois foi a vez de Sahin ter chance. O meia soltou um foguete de dentro da área, mas parou na defesa do camisa 22.
No desespero, Guardiola colocou Dante no lugar de Kroos, no intuito de colocar o zagueiro no ataque. A estratégia não teve tempo de ser testada, já que Aubameyang puxou contra-ataque em alta velocidade, passou para o meio da área, encontrando Reus, que só precisou empurrar para o gol, fechando o placar.
Ficha técnica:
Bayern de Munique: Starke; Lahm, Jérome Boateng, Van Buyten e Alaba; Thiago Alcântara, Shaqiri (Schweinsteiger) e Kroos (Dante); Robben, Müller e Mandzukic (Pizarro). Técnico: Josep Guardiola.
Borussia Dortmund: Weidenfeller; Grosskreutz, Subotic, Hummels e Schmelzer; Bender (Kehl), Gündogan, Sahin, Blaszczykowski (Aubameyang) e Reus; Lewandowski. Técnico: Jürgen Klopp.
Árbitro: Jochen Drees, auxiliado por Tobias Christ e Christian Gittelmann.
Gols: Reus (2), Van Buyten (contra), Gündogan (Borussia Dortmund); e Robben (2) (Bayern de Munique).
Estádio: Signal Iduna Park, em Dortmund (Alemanha).