Se os jogadores brasileiros não estão satisfeitos com as atuais condições de trabalho, calendário e tudo mais, parece que no restante do futebol sulamericano a história se repete. Na Colômbia, jogadores atrasaram o início de partida válida pelo Campeonato Colombiano e sentaram no centro do campo para marcar suas reinvindicações.
O futebol colombiano discute atualmente a regulamentação das leis trabalhistas específicas do esporte. O atual projeto, apresentado pelo Ministério do Trabalho, não agradou a Acolfutpro, associação que representa os jogadores.
“O ministro (do trabalho da Colômbia) Rafael Pardo mentiu para todos nós, futebolistas, com o seu projeto de lei. Um projeto elaborado sem ter em conta os nossos pedidos”, afirmou o volante do Millonarios, Jhonny Ramirez.
Tanto a Acolfutpro quanto os clubes vem sendo ouvidos pelo governo para a formulação da lei trabalhista. No entanto, muitos pontos vem sendo questionados pelos atletas. Dentre eles, o que estabelece a multa de rescisão contratual. Segundo a entidade, o texto dá brecha para que os clubes possam multar jogadores demitidos por justa causa.
“É um projeto de lei feito supostamente para proteger os jogadores, mas em nenhum lado vemos como nos protege. Vamos protestar e estamos apenas no começo. Os jogadores não vão permitir que este projeto fira seus direitos” – disse Carlos González Puche, diretor-executivo da Acolfutpro, ao diário colombiano El tiempo.