Com toda a experiência de quem já foi campeão da América seis vezes, o Boca Juniors administrou a vantagem conquistada na partida de ida, empatou sem gols com o Universidad do Chile nesta quinta-feira no Estádio Nacional, em Santiago, e se classificou para enfrentar o Corinthians na final da Taça Libertadores.
A equipe argentina havia vencido a primeira partida pelas semifinais por 2 a 0 em La Bombonera e na capital chilena teve que se preocupar mais em defender e catimbar para ser finalista do torneio continental pela décima vez, igualando o recorde do Peñarol.
A próxima marca que o Boca quer igualar é a do Independiente, o ‘Rei de Copas’, que tem sete taças em sua galeria. Para isso, terá que impedir o sonho do Timão de ser campeão inédito.
As datas das decisões ainda não foram confirmadas, mas o primeiro jogo acontecerá já na próxima semana em Buenos Aires. O vencedor da competição será conhecido em São Paulo.
O Universidad teve dois desfalques importantes, o defensor Albert Acevedo e o meia Gustavo Lorenzetti, principal articulador do time, ambos machucados. Já o Boca perdeu o zagueiro Insaurralde, também por lesão, mas pôde contar com a volta do lateral-esquerdo Clemente Rodríguez.
Precisando ao menos vencer por 2 a 0 para levar a decisão da vaga para os pênaltis, ‘La U’ teve a iniciativa já no começo, enquanto o Boca defendeu e contra-atacou. Num dos contragolpes dos argentinos, aos sete minutos, Riquelme bateu de fora e carimbou o travessão.
Os chilenos tinham mais a bola, mas a dificuldade para chegar à área adversária era grande. Até que aos 23 minutos Junior Fernandes foi lançado na área e cabeceou no canto, exigindo que Orión saltasse no canto para defender.
Um gol do Boca obrigaria os donos da casa a fazerem quatro, e isso quase aconteceu aos 27, quando Mouche saiu na cara do goleiro Jhonny Herrera. No entanto, o arqueiro chileno saiu bem e parou o atacante.
Além de incomodar pouco na frente, ‘La U’ vacilava atrás e corria riscos. Aos 36 minutos, Clemente Rodríguez recuperou a bola no ataque e cruzou para Mouche, que não alcançou.
O segundo tempo começou quando terminou o primeiro, ou seja, com espaços na zaga chilena e com Mouche perdendo chances de gol. Aos três minutos, o camisa 7 foi acionado por Ledesma, mas mais uma vez parou em Herrera.
Aos poucos, o Universidad foi se organizando e incomodando mais Orión. E, em cobrança de falta, aos oito minutos, Díaz por muito pouco não fez o primeiro, mas carimbou o travessão. Também de fora da área, aos 16, o próprio Díaz soltou a bomba, mas o camisa 1 argentino defendeu no canto esquerdo.
O clima foi esquentando, e o árbitro uruguaio Darío Ubriaco teve que conter os ânimos mostrando cartões. Na bola, aos 26, Mena levantou e Henríquez cabeceou no canto esquerdo, mas Orión pegou mais uma.
Aos 35, ‘La U’ voltou a carimbar a trave dos argentinos, desta vez com Ruidíaz, que bateu colocado mirando o ângulo direito e acertou o travessão. Na última tentativa, aos 42, Rojas cabeceou para o meio da pequena área, mas Ruidíaz nem Henríquez alcançaram.
Ficha técnica:
Universidad do Chile: Jhonny Herrera; Matías Rodríguez, Osvaldo González (Paulo Magalhães), Rojas e Mena; Marino, Aránguiz e Díaz; Castro (Ubilla); Henriquez e Fernandes (Ruidíaz). Técnico: Jorge Sampaoli.
Boca Juniors: Orión; Roncaglia, Schiavi, Caruzzo e Clemente Rodríguez; Ledesma, Rivero, Somoza, Erviti e Riquelme; Mouche (Cvitanich) e Santiago Silva (Viatri). Técnio: Julio César Falcioni.
Arbitragem: Darío Ubriaco (Uruguai), auxliado por seus compatriotas Mauricio Espinosa e Miguel Nievas.
Cartões amarelos: Rojas e Herrera (Universidad do Chile); Santiago Silva, Riquelme, Schiavi e Roncaglia (Boca Juniors).
Estádio Nacional, em Santiago (Chile).