O presidente da Fifa, Joseph Blatter, acredita que seu companheiro da Uefa, o ex-jogador Michel Platini, pode sucedê-lo ao término de seu quarto mandato, em 2015.
“Michel Platini está pronto, se ele quiser. Ele diz que ainda não sabe, mas bem lá no fundo ele quer isso”, declarou o suíço em entrevista à revista “France Football”, publicada nesta terça-feira.
Blatter se mostrou certo de que terminará seu mandato em 2015, e afirmou que o francês fará bem o seu papel à frente da principal entidade do futebol.
“É preciso parar. Quero chegar até 2015, mas vou iniciar um novo sistema de administração, quero sair pela porta da frente, não pela dos fundos”, garantiu o presidente, se referindo aos casos de corrupção que afetaram sua instituição e que lhe obrigaram a adotar novas normas para evitá-los no futuro.
Blatter explicou que em 2006 tiveram que iniciar a comissão de ética depois de ter descoberto “algumas coisinhas”, mas após os casos dos últimos meses impulsionou a criação de uma comissão independente administrativa dirigida por Mark Pieth.
O dirigente reconheceu que cometeu um erro ao escolher a sede dos Mundiais de 2018 e 2022 no mesmo Congresso. “Foi uma decisão pouco hábil”, explicou Blatter, que assinalou que a escolha recaiu em “um grupo de 22 pessoas em que mais da metade estava diretamente interessada por alguma das candidaturas”.
Além disso, o presidente acusou a Inglaterra de ter divulgado informações contra os membros da Fifa porque não ganhou a eleição, apesar de ser uma das favoritas.
“A Inglaterra não admitiu que só conseguiu dois votos para a Copa do Mundo de 2018. Em seguida denunciaram um escândalo”, afirmou Blatter, que indicou que “não havia provas” destas acusações.
O presidente se mostrou partidário de introduzir no próximo Mundial um sistema eletrônico que permita saber se a bola cruzou a linha do gol, mas garantiu que é a única mudança tecnológica factível para a Copa no Brasil.
Blatter também comentou que espera que no próximo ano a cerimônia de entrega da Bola de Ouro não seja celebrada em Zurique, e apostou por Paris como sede.
“Se sairmos de Zurique, e sairemos, iremos para Paris. Não podemos ir a nenhum outro lugar. O problema é a data, porque a Bola de Ouro é um evento muito grande”, assinalou.