A autobiografia do ex-jogador do Manchester United Gary Neville, no qual descreve sua passagem pela seleção inglesa como “uma grande perda de tempo”, é o livro de não ficção mais vendido esta semana no Reino Unido.

Em seus primeiros sete dias nas livrarias britânicas, o livro “Red” (“Vermelho”) superou em vendas obras como “Rafa, minha história”, do tenista espanhol Rafael Nadal, e “Madeleine”, a reconstrução do sequestro da menina de quatro anos narrada por sua própria mãe, Kate McCann.

O lateral-direito que mais vezes foi convocado para a seleção inglesa aponta em seu livro que muitos de seus companheiros de seleção esbanjaram os “fantásticos anos que jogaram” com o “medo das consequências que poderiam resultar qualquer falha” vestindo a camisa do ‘English Team’.

O capitão dos ‘Diabos Vermelhos’ durante quatro anos critica em seu livro o técnico da Inglaterra no período de 1996 a 1999, Glenn Hoddle.

Neville destaca a falta de capacidade de Hoddle para conduzir o elenco, assim como alguns de seus métodos um pouco ortodoxos.

“Ele usava vários métodos alternativos, inclusive chamando Eileen Drewery, uma curandeira que nos visitou em diversas ocasiões antes da Copa do Mundo de 1998. Eu sou um pouco cético, portanto nunca fui vê-la”, lembra o ex-jogador.

“Quando começou a Copa, alguns dos jogadores começaram a receber injeções do médico favorito de Glenn, um francês chamado Rougier. Isso era muito diferente do que fazíamos no United, embora tenha certeza de que tudo era limpo”, acrescenta Neville.

O ex-defensor de 36 anos também carrega mágoas contra técnicos ingleses como Kevin Keegan, Sven-Goran Eriksson e Steve McClaren, ajudante de Ferguson no Manchester United durante três anos e técnico da Inglaterra anos depois.

“Senti pena por McClaren durante seu trabalho como treinador. Foi um erro deixar fora David Beckham, Campbell e David James. Todos viam o que ele estava fazendo, estava querendo iniciar um novo regime como treinador, mas deixar Beckham fora não tinha sentido”, descreve o ex-lateral.

Neville estreou pela equipe principal do Manchester United aos 17 anos, em 1992. Três anos depois, foi convocado pela primeira vez para a seleção inglesa.

O defensor desenvolveu toda sua carreira profissional como jogador dos ‘Diabos Vermelhos’ até se tornar o segundo jogador que defendeu o time de Manchester por mais tempo, atrás somente do seu companheiro Ryan Giggs, de 37 anos, que marcou um gol há duas semanas pela Liga dos Campeões.


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Biografia de Gary Neville bate recordes na Inglaterra

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