O ex-atacante argentino Gabriel Batistuta fez uma análise da própria carreira, em entrevista publicada nesta terça-feira pela revista “France Football”, e revelou que acredita que poderia ter ganhado a bola de ouro, dada pela publicação ao melhor jogador da temporada se tivesse jogado em um dos grandes times da Europa.
“Teria ganhado a Bola de Ouro se tivesse jogado no Barça ou no Manchester, mas quis jogar na Fiorentina. Teria feito mais gols e teria podido conseguir o título do Campeonato Espanhol ou do Inglês”, declarou o artilheiro do Campeonato Italiano de 1995.
Aposentado desde 2005 e exercendo a função de diretor esportivo do Colón de Santa Fé, da primeira divisão argentina, Batistuta, de 43 anos, explicou que defendeu o time de Florença por tanto tempo, de 1991 a 2000, porque queria fazer história em uma equipe menor.
“Fiquei (na Fiorentina) porque quis ficar. Queria ganhar o campeonato com uma equipe pequena, para entrar para a história”, comentou o ex-centroavante.
Batistuta conquistou pela Fiorentina os títulos da segunda divisão italiana (1993/1994), da Copa da Itália (1995/1996) e da Supercopa da Itália (1996). O sonho de conquistar o ‘Scudetto’ foi realizado apenas em 2001, defendendo a Roma.
O ex-atacante, que marcou 56 gols em 78 partidas pela Argentina, comentou também as atuações do compatriota Lionel Messi com a camisa da seleção do país. Para ele, parte do sucesso do jogador de 24 anos está nos companheiros de equipe no Barcelona.
“Messi é um fenômeno que joga em uma equipe que conta com vários fenômenos. Joga em um grupo que se apoia em uma verdadeira filosofia de jogo”, comentou.
Batistuta destacou que os atletas das categorias de base do Barça já pensam como os do time principal e que isso deveria ser copiado por outras equipes, sem, no entanto, mudar o estilo de jogo.
“É um exemplo a seguir. É preciso construir uma identidade de jogo que perdure. Mas cada equipe tem sua identidade. Não podemos pedir aos italianos que joguem bem, que brilhem, porque preferem o jogo defensivo, o contra-ataque. O Brasil sempre teve laterais que atacavam e cruzavam e conservaram sua identidade. Isso é o que deve ser buscado na seleção argentina”, considerou.