<br> Todo ano é assim. O futebol europeu abre seu mercado para compra e venda de início de temporada e o Brasil acaba perdendo seus principais jogadores, que ainda estão no meio do Campeonato Brasileiro. Fica impossível competir com os milhões de euros oferecidos pelos clubes do Velho Continente. Não bastassem eles, ainda há o dinheiro dos japoneses, os petrodólares do Oriente Médio e, recentemente, os dólares de estadunidenses e mexicanos.
Dessa forma, o Brasil vem perdendo seus maiores craques e, em 2007, não foi diferente. O Cruzeiro perdeu o meia Marcinho para a França. No entanto, graças ao exame médico no qual o meia não passou, ele voltou. O zagueiro Gladstone acabou saindo para o Sporting de Portugal. Já o atacante Araújo foi direto para o grandioso futebol do Catar. Nada como alguns petrodólares. O clube já havia perdido Fellype Gabriel para o futebol português.
O Corinthians foi outro clube que perdeu muito para o futebol do exterior. O lateral Ratinho foi para a França. Betão teria o mesmo destino, mas acabou voltando pelo mesmo motivo de Marcinho: não passou no exame médico. O meia Carlo Alberto, que pertencia ao clube e estava no Fluminense acabou saindo para a Alemanha. O lateral Pedro Silva, que mal havia estreado pelo clube, já se transferiu para o Sporting de Portugal. O volante Marcelo Mattos foi jogar no Panathinaikos, da Grécia. Mas isso não é só. O zagueiro Fábio Ferreira, com propostas da França, Marcus Vinícius, com propostas de Portugal, e o meia Willian, com propostas dos dois países mais a Ucrânia devem ser os próximos da lista.
O São Paulo é outro que perdeu muitos jogadores para o segundo turno. O atacante Lenílson teve como destino o México, o lateral-direito Ilsinho foi para a Ucrânia. Já o volante Josué recentemente foi para a Alemanha. Outro volante, Renan, foi para o futebol árabe. Jadílson também está dando adeus e o zagueiro Alex Silva deve ser o próximo.
O Altético-MG perdeu dois jogadores da parte de trás. O goleiro revelação Diego, que tinha acabado de ser convocado pela primeira vez para a Seleção Brasileira foi para a Espanha. Mesmo destino teve o zagueiro Lima.
O Palmeiras perdeu apenas Michael para o futebol da Ucrânia, mas está ameaçado com propostas tentadoras por Valdivia. Além deles, o lateral-esquerdo Lúcio, que estava no Grêmio, foi para a Alemanha.
O Santos também perdeu dois jogadores importantes no meio e está ameaçado de perder mais um. O meia Zé Roberto foi para a Alemanha. O volante Cléber Santana vai jogar na Espanha. Há ainda ameaças holandesas em cima do volante Maldonado.
No Rio o negócio não é diferente. O vice-líder do Brasileirão, Botafogo, ainda não perdeu ninguém, mas está ameaçado de perder o seu artilheiro, o atacante André Lima, que poderá ter como destino a Espanha ou a Alemanha.
No Flamengo, dois meias deixaram o clube. Juninho Paulista, que saiu por indisciplina, acabou indo para a Austrália. Já Renato, ídolo da equipe, teve como destino o futebol árabe.
O Flu perdeu Carlos Alberto, que pertencia ao Corinthians, para a Alemanha
No Vasco, não saiu ninguém ainda. Ainda…
Para finalizar, o Rio Grande do Sul, grande exportador de jogadores do futebol brasileiro nos últimos anos, não ficou para trás.
O Grêmio vendeu sua jovem revelação Lucas ao futebol inglês. Além dele, o lateral-esquerdo Lúcio, que pertencia ao Palmeiras, foi para a Alemanha.
No Internacional, uma das maiores revelações do futebol brasileiro dos últimos anos, Alexandre Pato, foi vendido para a Itália, e desfalca o clube pelo resto da competição.
<b>Os reforços reforçam?</b>
É claro que para o lugar desses jogadores vendidos, os clubes trazem novos jogadores. No entanto, o nível dos reforços são muito inferiores aos jogadores que saem. Os que chegam ou estão em fim de carreira ou não tiveram sucesso na Europa por inúmeras razões, sendo uma delas a deficiência técnica.
Hoje, qualquer jogador sai dos clubes, não somente os craques. Qualquer um pode ter sucesso no exterior. Além disso, não é só a Europa que tem contratado. O mundo, desde o futebol australiano até o fortíssimo futebol da Romênia tem tirado nossos jogadores, que sequer se formam no Brasil antes de sair.
É um preço a se pagar pelo subdesenvolvimento do país, da pobreza dos clubes e da má qualidade das administrações.
<b>Há esperança?
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