Davor Suker marcou seis gols na Copa do Mundo da França, em
1998, pela sensação do torneio, a Croácia, que ficou em terceiro lugar após
perder um jogo histórico para os donos da casa na semifinal, eliminar Romênia e
Alemanha (oitavas e quartas de final, respectivamente) e marcar uma geração do futebol
do jovem país do Leste Europeu, com nomes como Robert Prosinecki e Zvonimir Boban.
Agora, em entrevista ao site da Fifa, divulgada nesta
segunda-feira (24), o artilheiro que passou por Real Madrid e Arsenal, entre
outros, chega a comparar os dois maiores jogadores da atualidade – Messi e
Cristiano Ronaldo – a lendas do futebol.
“A primeira coisa a se dizer é que Messi e Cristiano são de
outro planeta, fazem uma grande diferença. Eles podem ser comparados com Pelé,
Maradona, Cruyff, Beckenbauer… Esta época pertence a eles. Para o resto, a
velocidade faz parte do jogo, mas é necessário mais que isso: talento, domínio,
conhecimento do jogo e eficácia em frente ao gol. Sem isso, é difícil fazer gol”,
lembrou o croata.
Mesmo assim, quando a questão centrou-se entre Maradona e
Messi, Suker foi enfático.
“É difícil. O futebol muda a cada dez anos. A gente se
lembra de Pelé, Maradona… Como comparar? Naquela época havia duas câmeras
filmando os jogos, mas agora há 24 gravando o aquecimento. Mesmo assim, creio
que Maradona é o melhor. O momento do Messi já virá: marcará muitíssimos gols,
quebrará mais recordes, mas precisa ganhar algo com a Argentina. Ele é muito
jovem, e a hora dele vai chegar, desejo o melhor a ele”, respondeu o antigo
goleador.
Hoje com 45 anos, Suker aposentou-se com 35. Lembrado que
Seedorf (37 anos) ainda joga em alto nível, o ex-jogador deu sua opinião em
como a posição de um jogador de futebol também faz diferença sobre a longevidade de sua
carreira.
“Atacante precisa fazer gol a cada ano, e há muito a perder.
Os meio-campistas e os jogadores de defesa têm mais opções. E futebol não é só
jogar uma partida, ter uma Ferrari, um lindo relógio e mulheres bonitas. Para
triunfar é necessário treinar segunda, terça, quarta, quinta, sexta e sábado. É
importante ter muita competência, mas também trabalhar muito”, respondeu.
Hoje, o croata é presidente da federação de futebol de seu país
e garantiu: “Quero devolver ao futebol tudo o que ele me deu”.
