O governo da Argentina anunciou nesta sexta-feira que entregou às autoridades brasileiras uma lista com os nomes de torcedores com antecedentes de violência, os chamados “barra bravas”, para cooperar com a segurança durante a Copa do Mundo.
Em entrevista coletiva, o secretário de Cooperação do Ministério de Segurança argentino, Darío Ruiz, adiantou que proibirá a saída do país daqueles torcedores com pendências judiciais, enquanto será “um atribuição exclusiva do Brasil permitir ou não a entrada” dos “barra bravas” que não respondem a processos na Justiça.
Acompanhado do embaixador argentino no Brasil, Luis María Kreckler, Ruiz detalhou também o plano de segurança que entrará em vigor durante o Mundial.
O esquema de segurança incluirá o envio de agentes da Polícia Federal argentina para o Brasil e o funcionamento, durante 24 horas, dos consulados argentinos no país.
“Estima-se que cerca de 100 mil argentinos viajarão para o Brasil”, detalhou o embaixador, que também ressaltou que “é nossa preocupação estar ao lado deles”.
O anúncio do governo argentino acontece um dia depois que o governador da província de Buenos Aires, a mais populosa do país, antecipou que enviaria às autoridades brasileiras uma lista com os nomes dos “barra bravas” que respondem a processos na Justiça e daqueles que têm a entrada permitida nos estádios.
A violência associada aos torcedores radicais na Argentina já causou 276 mortes desde 1913, segundo um relatório da ONG “Salvemos al Fútbol”.