O ex-árbitro argentino Horacio Elizondo, que apitou o jogo de abertura e a final da Copa do Mundo na Alemanha em 2006, lançou uma autobiografia denominada “Um homem justo”, publicada gratuitamente no site da editora “Al Arco”.
A obra foi escrita pelo jornalista Marcelo Maller e conta a vida de Elizondo desde sua infância, quando trabalhava como vendedor de jornais, até o momento em que expulsou Zinedine Zidane por agredir Marco Materazzi durante a decisão do Mundial entre Itália e França.
Sobre este caso, o livro deixa claro que Elizondo não viu a cabeçada que Zidane deu no peito de Materazzi, e que o espanhol Luis Medina Cantalejo, quarto árbitro, foi a principal testemunha do fato.
O ex-árbitro argentino também admitiu que jogar golfe o ajudou muito em sua tarefa. “O golfe me trouxe muitos benefícios, como ficar atento e concentrado durante muito tempo”, garante.
“É um esporte que necessita de potência e precisão, e que te ensina a diminuir a ansiedade. É um jogo que dura horas e te faz trabalhar com a pressão, o controle do equilíbrio e as emoções de uma competição. Isso me convenceu para trazê-los ao campo”, acrescenta.
O prestígio de Elizondo no futebol argentino foi impulsionado por ele ter abandonado a arbitragem após a Copa do Mundo.
Segundo Ángel Cappa, treinador do River Plate, Elizondo “foi um árbitro que dominava as partidas com conhecimento das regras e do jogo e, além disso, tinha personalidade para se impor sem autoritarismo.
“Foi um dos melhores nos últimos anos”, sentenciou.
Na Copa da África do Sul, o ex-árbitro participará como instrutor do Programa de Assistência à Arbitragem (RAP) da Fifa.