Nelsinho Baptista, que já dirigiu São Paulo, Corinthians, Flamengo e outros times no Brasil, é hoje técnico do Kashiwa Reysol, seu terceiro clube no Japão. Aos 63 anos, o treinador opinou sobre a seleção nipônica, que buscará no Brasil, pela primeira vez, passar das oitavas de final de uma Copa do Mundo. Para ele, o time tem chances, e não depende somente do astro Keisuke Honda, camisa 10 que joga no Milan.

Nelsinho discorreu sobre as participações japonesas em Copas do Mundo, já que no Brasil eles marcarão presença no torneio pela quinta vez consecutiva, e crê que a seleção atual já tem experiência e pode surpreender.

“A campanha de 2010 foi ainda mais animadora. Em 2002, o time dependia muito do Nakata. O Honda fez a diferença (na última Copa), mas não foi só ele. O conjunto todo foi determinante para o bom futebol que o Japão apresentou, e boa parte deste elenco estará no Brasil”, disse o técnico, citando as vezes que o time passou da primeira fase (em 2002, anfitrião, perdeu para a Turquia, e, em 2010, para o Paraguai, sempre nas oitavas).

Para o comandante, que está indo para a quinta temporada à frente do Kashiwa, o fato de os Samurais Azuis terem nove atletas que estiveram no Mundial da África do Sul é muito bom para as pretensões do time do técnico italiano Alberto Zaccheroni, mas ter o meia Honda como referência poderá fazer a diferença, até pela esperança que ele dá aos torcedores japoneses.

“Vi o crescimento da carreira do Honda desde o início, pois eu o lancei no time profissional do Nagoya Grampus, em 2004. Vi nele qualidades que o Nakata tinha, e não deu outra. Os japoneses haviam ficado sem seu ídolo quando o Nakata se aposentou em 2006 e o Honda acabou caindo no gosto da torcida perfeitamente”, opinou.

Nelsinho ainda finalizou revelando que apostaria realmente no Japão para aprontar nos gramados brasileiros: “Se tiver que apontar uma zebra, aposto no Japão”.


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‘Apostaria no Japão como zebra’, diz Nelsinho Baptista, que é técnico no país

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