Afastados dos ringues há mais de cinco anos e aposentado das luvas de forma oficial desde o último dia 2, quando venceu o jovem Michael Oliveira por nocaute técnico no nono round, o ex-boxeador e atual deputado federal Acelino Freitas, o Popó, disse nesta quarta-feira (13), em entrevista concedida em São Paulo, que só voltaria a pisar em um ringue se fosse para defender o cinturão diante do filipino Manny Pacquiao, maior nome do boxe mundial da atualidade e eleito deputado em seu país em 2010.
“Gostaria de lutar com o Pacquiao. Todos os meus melhores confrontos foram contra canhotos, e ele seria o único adversário que eu enfrentaria depois dessa despedida, e seria para defender o título. Caso contrario, eu não voltaria a lutar mais, pois não preciso disso. Mas seria interessa um duelo entre os deputados. Veríamos quem bate mais forte, o das Filipínas ou o baiano”, disse.
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Entre outros assuntos abordados pelo ex-atleta, o que mais chamou a atenção foi sua última luta, que, segundo ele, foi um grande divertimento. “Passou um filme na minha cabeça. Quis aproveitar todos os momentos da despedida. Muitos não sabiam que eu estava fora há cinco anos. Eu engordei, passei a repor mais e queimar menos calorias, e isso prejudica bastante para alguém que sempre atuou em alto nível. Mas essa vitória serviu para acabar com algumas brincadeiras. Do tipo, ‘você vai apanhar do meninão de 20 anos’ e afins”, explicou.
Popó também contou que, a princípio, sua ideia de despedida não era enfrentar um compatriota, mas sim um rival “adorado” pelos brasileiros.
“A minha ideia inicial era lutar contra um argentino na despedida, por conta da rivalidade, mas veio o pai do Michel, me ligou e fez o desafio pelo fato do seu filho ser meu fã. Até brinquei com ele sobre esse negócio de ídolo e fã e fiquei com medo que ele me matasse, assim como aconteceu no caso dos Beatles (risos). Mas, brincadeiras a parte, ele conseguiu pagar minha bolsa e por isso fechamos a luta”, finalizou.