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Acusado de não ter declarado parte do dinheiro utilizado para a contratação do atacante Neymar, o presidente do Barcelona, Sandro Rosell, apresentou na última quinta-feira (23) sua demissão irrevogável em reunião realizada em caráter de urgência com diretores do clube catalão, no estádio Camp Nou.
Aproveitado o assunto em pauta, Jerôme Valcke, secretário-geral da FIFA, pediu mais transparência aos clubes nas negociações com jogadores.
“Sem dúvida há uma área cinzenta nas transferências e que não é do jeito que gostaríamos que fosse. Nosso comitê legal está trabalhando nisso. Não falo só por causa do Neymar e já trabalhamos isso internamente. Talvez em 2015 tenhamos uma posição sobre isso”, afirmou Jerôme Valcke.
A FIFA pensa em formalizar uma parceria com uma entidade que controlasse o dinheiro de todas as transferências que ocorressem. Desta forma, de acordo com o secretário-geral, inibiria fraudes e irregularidades no processo.
Porém, a criação de um novo mecanismo necessitaria da presença de um parceiro, segundo Valcke. O secretário-geral da FIFA lembrou que entidade máxima do futebol não é um banco.
Em sua despedida do Barcelona, Sandro Rosell se disse esgotado e zangado pelos “constantes ataques recebidos pelo clube no âmbito judicial”. Entretanto, a razão fundamental para a saída, segundo ele, foi a incompatibilidade entre o cargo e uma acusação judicial.
O cargo passará a ser ocupado pelo vice-presidente esportivo, Josep Maria Bartomeu, que, depois de decisão unânime dos integrantes da diretoria, terminará o mandato de Rosell, válido até o dia 30 de junho de 2016.