O Corinthians enfrenta os colombianos do Millonarios na noite desta quarta-feira (27), no Estádio do Pacaembu, em partida válida pela segunda rodada da fase de grupos da Libertadores, sem a presença do seu torcedor e com portões fechados, devido à punição imposta pena Conmebol após a morte do jovem Kevin Espada, de 14 anos, atingido por um sinalizador de navio na cidade de Oruro, na Bolívia.
Porém, apesar de toda polêmica envolvendo o caso, não é a primeira vez que a equipe de Parque São Jorge disputa uma partida longe da Fiel. Em 2005, durante a campanha do título brasileiro, o Corinthians realizou duas partidas com portões fechados, só que não no Pacaembu, mas sim no interior do estado, após ser punido pelo STJD devido a invasão de campo de alguns torcedores e de objetivos atirados no gramado durante a goleada sofrida diante do rival São Paulo, por 5 a 1.
Há exatos sete anos e oito meses, o alvinegro derrotou o Flamengo por 4 a 2, no Estádio Wilson de Barros, em Mogi Mirim, com as arquibancadas vazias. E o mesmo aconteceu na derrota para o Fluminense, no mesmo local, por 1 a 0, gol do lateral Gabriel, hoje no Internacional de Porto Alegre.
E não é apenas no Brasil que esse tipo de pena é aplicada. Em 2006, a Inter de Milão teve que jogar duas partidas da fase de grupos da Liga dos Campões de 2005/2006 com portões fechados, devido os sinalizadores que acertaram no goleiro Dida no clássico contra o Milan. Com a punição imposta pela UEFA, o time italiano enfrentou o Rangers, da Escócia, e o Artmedia, da Eslováquia, sem a presença do seu torcedor.
E por falar no Rangers, em 2011 foi a vez do time escocês atuar com portões fechados após punição pelos cânticos racistas de sua torcida. O mesmo aconteceu com as seleções da Bulgária e Hungria, que também por preconceito de seus torcedores foram punidas pela Fifa em dois jogos válidos pelas Eliminatórias da Copa de 2014.
Outro caso envolvendo punição e torcida de time de futebol que ficou bem conhecido recentemente foi o do Fenerbahçe, da Turquia. Em setembro de 2011, o clube turco, também punido pela violência de seus torcedores, enfrentou o Manisapor no Estádio Sukru Saracoglu somente com mulheres e crianças nas arquibancadas.
E o efeito da punição foi bem positivo, pelo menos para o público. Os mais de 46 mil lugares do estádio foram ocupados, mas o time não correspondeu em campo e acabou empatando com o rival em 1 a 1.
Veja abaixo vídeo com mulheres e crianças acompanhando o jogo no Fenerbahçe: