Na última quinta-feira (8) foi confirmada a morte do boxeador russo Roman Simakov, que foi nocauteado na segunda-feira (5) durante luta pelo cinturão do WBC (Conselho de Boxe Asiático). Simakov, de 27 anos, passou por uma cirurgia no cérebro, mas não resistiu.
Na opinião do peso-pesado Frank Mir, que enfrenta o brasileiro Rodrigo Minotouro neste sábado (10), no UFC 140, o que os lutadores de boxe são obrigados a aceitar é uma “barbárie”.
– Enquanto em alguns esportes cresce o número de contusões na cabeça, incluindo danos ao cérebro, no UFC é o contrário. No boxe, por exemplo, um lutador leva um soco forte na cabeça, levanta e continua a lutar, o que é uma barbárie. Ele levanta e tem 10 segundos para se recuperar. O juiz pergunta se ele está bem e é claro que ele vai falar que sim, afinal, é um lutador. Mas o nosso esporte é 100% seguro, ao contrário do boxe. Eu sou pai de família e digo isso sem medo.
O presidente do UFC, Dana White, afirma que nunca houve uma morte no evento, ao contrário do que acontece em outros esportes.
– Em quase 20 anos, nunca houve uma morte ou uma contusão séria. Isso acontece porque todos os atletas passam por muitos exames antes de se enfrentarem. Esse é o cuidado que tomamos, mas se uma concussão ou outro efeito colateral aparecer, não temos como prever. Ás vezes faz parte da vida.
Para o campeão dos pesos meio-médios (até 93 kg), Jon Jones, o fato de os boxeadores levarem muitos golpes na cabeça durante vários rounds é o que causa sérias contusões cerebrais em alguns deles. Jones explica que os juízes do UFC são instruídos a parar as lutas antes que uma lesão séria aconteça, mesmo que vá contra o que querem os torcedores.
– É diferente do boxe, por exemplo, porque os lutadores ficam muitos rounds levando socos na cabeça. Aqui, às vezes as pessoas ficam bravas e dizem que o juiz encerrou a luta muito cedo, mas é para a nossa segurança. Sei que corremos riscos, claro, mas achamos o esporte seguro e estamos aqui para fazer o melhor.
