Exatamente dez anos atrás, o Brasil via brilhar pela terceira vez a estrela do maior tenista que o país já teve em sua história. Gustavo Kuerten, então número 1 do mundo, conquistava o tricampeonato de Roland Garros em cima do espanhol Alex Corretja e se firmava com um dos maiores vencedores do torneio.

Passado uma década em que o tênis brasileiro trouxe poucas esperanças ao torcedor, a edição de 2011 do torneio chega depois do melhor momento vivido por um tenista tupiniquim desde a aposentadoria de Guga. Thomaz Bellucci, 25º no ranking da ATP, pode transformar sua participação no saibro francês na melhor já vista pelos torcedores brasileiros nos últimos dez anos.

Pressionado por flertar com o topo do tênis mundial, mas sem obter resultados expressivos na carreira, Bellucci ganhou moral após chegar às semifinais do Masters 1000 de Madri, onde passou por adversários complicados, como Andy Murray e Tomas Berdych – ambos top 10 do ranking. A inconstância do brasileiro, entretanto, apareceu no torneio seguinte, em Roma, quando foi eliminado pelo desconhecido Paolo Lorenzi já na primeira fase.

Apesar do revés, Bellucci chega a Ronald Garros confiante em conquistar o melhor desempenho de sua carreira. Treinado por Larri Passos, o mesmo que levou Guga aos três títulos do Grand Slam francês, o principal tenista brasileiro tem pela frente na primeira rodada o cazaco Andrey Golubev, 45º do mundo. Se a estreia não impõe tanto medo a Bellucci, o caminho deve ficar complicado logo.

Se passar pelo primeiro adversário, o brasileiro pode encontrar já na terceira rodada o perigoso francês Richard Gasquet, número 14 do ranking. Por fim, nas oitavas de final, Bellucci pode reencontrar o invicto de 2011 Novak Djokovic, a quem Bellucci deu trabalho na semifinal de Madri.

Ricardo Mello em maus lençóis

A outra esperança brasileira no torneio já não teve a mesma “sorte” de Bellucci na estreia. Ricardo Mello (88º) vai pegar logo de cara o norte-americano Mardy Fish, atual décimo mais bem colocado no ranking da ATP.


int(1)

Após dez anos do tri de Guga em Roland Garros, Brasil aposta as fichas em Bellucci