A entrevista concedida no último sábado (14) pelo presidente palmeirense Arnaldo Tirone abalou a imprensa por conta do teor carregado de sinceridade. Acuado pela pressão sofrida devido às eliminações alviverdes na semifinal do Paulistão, para o Corinthians, e nas quartas da Copa do Brasil, com direito a goleada do Coritiba, o mandatário disparou para todos os lados. O mais afetado pela “metralhadora” do dirigente foi Valdivia, julgado por ele como “péssima contratação”.
Dois dias depois, o presidente do Verdão foi “capturado” de forma exclusiva nesta noite pela Jovem Pan. Presente na entrega do prêmio Melhores do Paulistão 2011, Tirone deixou claro que julga o meia chileno um grande jogador e deseja sua sequência no clube. No entanto, lembrou que tem o direito de expor sua forma de pensar. “Sou presidente do clube e tenho idade para ser pai dele. Portanto, tenho toda a liberdade de falar”, disparou.
Segundo o mandatário, o alarde da imprensa em relação ao possível interesse palestrino de trocar Valdivia pelo atacante rival Dagoberto é fruto de uma inversão de foco. De acordo com ele, o desejo partiria sim do Tricolor.
O destempero de sábado foi atribuído pelo presidente ao excesso de pressão sofrida nos últimos 15 dias. Mesmo assim, ele desafiou os críticos que lançaram a campanha “Fora, Tirone!” a tentarem ameaçá-lo junto ao clube e procurarem um mandatário melhor. “Só quero que os atletas e torcedores comecem a se colocar no meu lugar como presidente”, frisou.
Quanto às acusações de que Valdivia frequenta a noite em excesso, Tirone amenizou a situação dizendo que, apesar de seus 60 anos, também sai com frequência e volta de madrugada às vezes.