A exatamente seis meses do jogo de abertura da Copa das Confederações de 2013, que será disputada de 15 a 30 de junho no Brasil, ainda há muito a ser feito em quatro dos seis estádios que sediarão os jogos, e as obras estão sendo realizadas em ritmo forte para cumprir o prazo imposto pela Fifa.

Apenas os estádios de Fortaleza, cuja inauguração está prevista para este domingo, e Belo Horizonte estão preparados para o torneio que reunirá a campeã mundial Espanha, seis campeões continentais e a seleção brasileira.

Nas outras quatro sedes – Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Brasília -, milhares de operários se empenham em jornadas de trabalho exaustivas para conseguir entregar os estádios antes de 15 de abril, dia limite para a realização de um evento de teste.

A Arena Pernambuco é o único no qual ainda não foi concluída a construção das arquibancadas que em 16 de junho receberão torcedores para a partida entre Espanha e Uruguai, enquanto em cerca da metade do local a cobertura já foi instalada.

Em Recife, também preocupam as obras do metrô e da reforma da Avenida Recife, que deverá ser bastante usada pelos visitantes que chegarem para o torneio. As questões relacionadas à mobilidade são ainda mais importantes na capital pernambucana, já que o estádio está fora do perímetro urbano.

Os arredores da Arena Pernambuco se mostravam nos últimos dias um enorme terreno de terra cheio de guindastes, caminhões e milhares de operários ansiosos por terminar um viaduto e todos os acessos ao local, praticamente isolado no meio de uma floresta no limite de três municípios.

Em uma posição talvez mais comprometida que Recife, Brasília tem pendente a metade das obras físicas de seu Estádio Nacional, apesar de haver concluído todas as arquibancadas, segundo a diretora de Obras Especiais da Novacap, Maruska Lima.

Maruska garantiu que todos os materiais já foram comprados, o que acelerará os trabalhos, que têm a participação de 4,3 mil operários. Isso, segundo ela, permitirá que o local fique pronto a tempo da partida de abertura da Copa das Confederações, entre Brasil e Japão, a única que acontecerá na capital federal.

No Maracanã, no Rio de Janeiro, cerca de 5,5 mil operários trabalham com a intenção de inaugurá-lo antes de março. O trabalho mais delicado ainda pendente e que deverá ser concluído até janeiro é a instalação da coberta de teflon e fibra de vidro. A operação será bastante complexa devido ao tamanho da estrutura, de acordo com o presidente da Empresa de Obras Públicas (Emop), Ícaro Moreno.

A reforma do Maracanã melhorará a visibilidade e a mobilidade dos espectadores, e o estádio poderá ser esvaziado em oito minutos. Além disso, a vida útil do local aumentará 50 anos graças à recuperação das estruturas originais.

A capacidade será reduzida a 79 mil assentos e, embora mantenha sua característica forma circular, o estádio teve modificada sua estrutura interna, ao unir as duas antigas arquibancadas em uma tribuna contínua.

Com um calendário de obras um pouco mais avançado, Salvador inaugurar a Fonte Nova no final de março e para isso já começou a instalar as 50 mil cadeiras. O estádio é completamente novo, mas manteve a localização e o conceito original da antiga Fonte Nova, demolida em 2010. A arquibancada continua no formato ferradura para permitir a visão do Dique do Tororó.

Com tudo preparado, Fortaleza celebrará neste domingo a conclusão das obras do Castelão com um show do cantor Fagner, que terá a presença da presidente Dilma Rousseff. As obras aproveitaram 75% da estrutura original, mas a reforma o tornou um dos estádfios mais modernos da América Latina, numa lista que conta também com o Mineirão, em Belo Horizonte, cuja inauguração está marcada para a próxima sexta-feira.

Com uma capacidade de 62.170 espectadores, o Mineirão teve eliminados os pontos cegos da arquibancada inferior e agora se prepara para sediar três jogos da Copa das Confederações, incluindo uma das semifinais.




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Apenas dois dos seis estádios da Copa das Confederações estão prontos para uso