Os franceses Nicolas Anelka e Franck Ribéry não compareceram à audiência na comissão de disciplina da Federação Francesa de Futebol (FFF), que os interrogaria nesta terça-feira sobre o motim protagonizado pela seleção durante a Copa do Mundo da África do Sul.

Os dois jogadores estavam citados para declarar junto a outros três: Patrice Evra, Jérémy Toulalan e Éric Abidal, considerados os maiores responsáveis pela revolta.

O ex-técnico, Raymond Domenech, e o ex-presidente da Federação, Jean-Pierre Escalettes, que renunciou após a vexaminosa participação francesa na Copa, também compareceram à audiência.

Evra, como capitão da equipe e coordenador da greve, e Anelka, por ter insultado Domenech, podem ser punidos por uma suspensão que pode durar de seis meses a um ano, segundo os analistas esportivos franceses.

Por sua parte, o segundo capitão da França durante o Mundial, Ribéry, e o meia Toulalan, cujo assessor de imprensa enviou comunicado que anunciava a greve, poderiam ser vetados por um ou dois jogos, enquanto o defensor Eric Abidal – que supostamente se negou a jogar contra a África do Sul na última partida francesa na Copa – pode ficar três meses afastado.

Os três jogadores darão explicações sobre os fatos que aconteceram no dia 20 de junho na localidade sul-africana de Knysa, quando se negaram a treinar como protesto pela exclusão de Anelka depois que o diário “L’Équipe” afirmou que o atacante insultou gravemente ao técnico durante o intervalo do jogo contra o México.

As possíveis sanções contra os jogadores seriam um contratempo para o novo técnico, Laurent Blanc, que já vetou os 23 atletas que participaram da Copa no amistoso da semana passada contra a Noruega, com a intenção de encerrar o caso para recuperar “a unidade e a autoridade o mais rapidamente possível”.

A França disputa no próximo dia 3 de setembro seu primeiro jogo das eliminatórias para a Eurocopa de 2012, contra Belarus.


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Anelka e Ribéry não comparecem a audiência na Federação Francesa