Dentre os termos mais utilizados no futebol, o lema de transpiração e inspiração vem da Alemanha. Com um futebol famoso pela tática acima da habilidade, hoje não é mais possível usar tal clichê para falarmos do momento que vive o esporte no país. A seleção irá jogar os três jogos da primeira fase na região norte e nordeste do país, mas se engana quem pensa que o elenco não tem noção do perigo que apresenta.

Com um jogo bonito, rápido, habilidoso, sem perder os traços de sua tradição de ser vistoso e forte, a Alemanha tenha talvez sua melhor geração de jogadores jovens para a disputa de uma Copa do Mundo. O elenco que foi à Eurocopa de 2012 tinha uma média um pouco maior que 24 anos de idade.

E tudo fica melhor quando se tem um bom esquema, adaptado ao jogo moderno praticado pelos melhores clubes da atualidade. Joachim Löw arma seus jogadores em um 4-3-3, muitas vezes sem centroavante fixo e com homens soltos pelos lados do campo.

Bom lembrar que, do time acima, ainda tem ateltas que podem ser, e provavelmente alguns deles serão, titulares, como Mertesacker, Özil, Gómez, Podolski, Reus e Schweinsteiger.

Outro fator importante é que dos convocados ao campeonato europeu já citado, somente quatro deles não atuam na Bundesliga, mostrando o ótimo momento também interno do futebol alemão, de conjunto. O campeonato alemão, inclusive, é o que mais cresce na Europa.

A seleção tem como base jogadores que também atuam na liga doméstica, com maioria de atletas do Bayern de Munique e do Borussia Dortmund, os últimos finalistas da Liga dos Campeões. Os quatro que jogam fora e que provavelmente irão à Copa – Mertesacker, Khedira, Özil e Klose –, é importante que se diga, provavelmente serão titulares, com chances menores para este último.

Joachim Löw (acima, ao lado de Pelé), que assumiu a seleção em 2006 após o terceiro lugar na Copa do Mundo (era assistente de Jürgen Klinsmann no torneio), conseguiu de lá para cá um vice da Eurocopa 2008, outra terceira colocação em Copa e repeteco de posição também na Euro 2012. Ou seja, o time só precisa de um pouco mais para conseguir levantar alguma taça.

O comandante atenta ao clima que viverá aqui no Brasil, que será sempre uma pedra no sapato para as nações europeias.

“Teremos de nos acostumar às temperaturas altas e à humidade e trabalhar muito sobre esses dois aspectos nos treinos”, já anteviu Löw logo após o sorteio que definiu os grupos, sendo que o da Alemanha, o G, o fará jogar contra Portugal, em Salvador, Gana, em Fortaleza, e Estados Unidos, no Recife.

A cidade de sua estreia fica próxima do centro de treinamentos que a Federação Alemã está construindo como sede para o Mundial. A delegação é a única entre os 32 postulantes com tal ideia.

A expectativa na Copa é das melhores. Porém, se feita uma simples simulação dos confrontos, com Alemanha e Brasil terminando em primeiro em suas chaves, os times se enfrentam se chegarem às semifinais. Sem escolher adversários, Löw já deixou claro o clima que orbita o seu time.

“Chego em 2014 com grande confiança”, disse o técnico, dias depois de vencer a Inglaterra fora de casa. “(O jogo no estádio) Wembley me ajudou a ter esse sentimento, pois os jogadores enfrentaram a pressão naquela noite ao jogarem diante de 85 mil pessoas”, disse.

Na ocasião, os alemães venceram os eternos rivais por 1 a 0, com dezenas de milhares de olhos, mãos e gritos torcendo contra, como pode acontecer também em estádios brasileiros.

É bom ficar de olho nesta seleção alemã.


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Alemanha e sua melhor geração de jogadores não vêm ao Brasil passar férias

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