O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, afirmou nesta sexta-feira que as obras dos estádios para a Copa do Mundo de 2014 estão dentro do cronograma previsto, e que a única preocupação é com o Beira-Rio, em Porto Alegre, que tem sua reforma paralisada devido a discordâncias entre dirigentes do Internacional e da construtora responsável.
“Com exceção de Porto Alegre, estamos em dia com todos os cronogramas de construção de estádios. Em algumas cidades estamos até adiantados”, disse o político.
O ministro, que assumiu o cargo há menos de dois meses, afirmou que nesse tempo já verificou a situação em cada uma das 12 cidades.
Segundo Aldo Rebelo, as obras no estádio Beira-Rio estão paralisadas devido a alguns conselheiros do Internacional, que querem modificações no contrato que foi votado.
“Isso paralisou o início das obras. Conversei com os conselheiros do Inter e com as autoridades municipais e regionais de Porto Alegre para pedir uma decisão rápida para que possamos ter uma referência do início das obras”, disse.
Segundo o ministro, até em São Paulo, última cidade que contou com o estádio aprovado pela Fifa e onde as obras começaram há poucos meses, a construção se encontra dentro do previsto.
“Estamos dentro do calendário em todas as cidades, não há nada comprometido e teremos condições de concluir as obras a tempo”, declarou Aldo Rebelo.
O ministro disse também que o estádio de Fortaleza está com mais de 45% das obras executadas, ou seja, acima da meta do que era esperada para o final deste ano.
“Pode até ser que eu esteja exagerando, mas se o país precisasse organizar a Copa em dois meses, estaríamos preparados. Temos modernos estádios entre os que já existem e com condições plenas de receber o Mundial”, disse o político.
Aldo Rebelo afirmou que, apesar de algumas diferenças naturais, o Governo está cooperando com a Fifa e com o Comitê Organizador Local (COL) do evento para garantir uma competição bem-sucedida.
“Pedi a a Fifa que dê parte dos ingressos a um preço popular para a população de baixa renda, os indígenas, os idosos e os estudantes, e obtivemos uma resposta satisfatória”, explicou Aldo.
“Eu argumentei que não podíamos organizar uma Copa em Manaus (na Amazônia) sem um índio no estádio. O Brasil é muito desigual e a população pobre não pode ser retirada da festa. A Fifa compreendeu essas preocupações e acho que poderemos garantir o acesso de toda a população na Copa do Mundo”, concluiu o ministro.