A Associação do Futebol Argentino (AFA) desmentiu nesta terça-feira que tenha tolerado o doping de jogadores na repescagem das Eliminatórias para a Copa de 1994, em que a seleção do país derrotou a Austrália, e disse que a denúncia foi feita para prejudicar o organismo.

“Foi gerada nos últimos dias uma pequena controvérsia pessoal. Um ex-jogador que acreditou que com suas declarações imprecisas e mal-intencionadas poderia colocar em dúvida a esportividade de uma classificação dramática contra a Austrália”, considerou a AFA em comunicado.

Segundo a Associação, o propósito da nota foi resgatar a dignidade de pessoas que foram atacadas por Maradona, que na semana passada afirmou que ele e alguns companheiros de seleção na época consumiram um “café turbinado” antes das partidas em Sidney e Buenos Aires.

No calor de uma polêmica com o presidente da AFA, Julio Grondona, ‘El Pibe’ também questionou por que não houve antidoping na repescagem.

“Não houve exames simplesmente porque não havia obrigação regulamentar para esse tipo de disputas. Só por uma questão de respeito e amizade, ficou acordado previamente com nosso adversário não marcarmos uma excepcionalidade a uma regra, que não existia”, respondeu o organismo no comunicado, que depois lamentou que as denúncias tenham ganhado muita repercussão midiática.

“Chama a atenção como a partir de um fato público, oficial, divulgado anteriormente e publicado pela imprensa da época, tenta criar um escândalo. E de um trocadilho de duas frases se criem frases, mesmo em meios que na época tinham interesses através da exploração dos direitos televisivos, que sabiam do fato, publicaram-no como pequeno na época e agora o colocam como informação de destaque”, comentou a AFA.


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AFA nega doping em 1993 e diz que Maradona foi mal-intencionado