No site Quilmes, um texto sobre a prisão do zagueiro Leandro Desábato foi publicado. O título, em português, é "absurda detenção". Leia a tradução na íntegra.

<b>Absurda detenção</b>

Grafite, atacante do São Paulo, apresentou uma denúncia contra o zagueiro do Quilmes, logo após a partida entre ambas equipe na Copa Libertadores. O argentino foi levado pela polícia local e passou a noite em uma delegacia. Um juiz decidirá se Desábato pode regressar ao país.

O zagueiro Leandro Desábato permanece preso na cidade brasileiro de São Paulo, porque o atacante do conjunto paulista Grafite o denunciou pois ele te chamou de negro, tal como havia assegurado na partida de ida no estádio Centenário. Segundo alguns meios de informação do Brasil, Desábato se mostrou arrepentido, mas seguirá detido (está sozinho em uma cela) até que um juiz decida sua situação, o que pode ocorrer durante as próximas 24 horas. Os advogados do futebolista já apresentaram um pedido de soltura. O juiz encarregadodo caso, deverá definir qual será o valor da fiança. O jogador é acusado de "injúria qualificada", o que causar uma condenação entre um e três anos de prisão, caso ele seja declarado culpado. Gustavo Alfaro, técnico do clube argentino, se mostrou, nesta quarta, em desacordo com a detenção sofrida pelo defensou Leando Desábato no Brasil e acusou os jogadores do São Paulo de terem montado "uma farsa". O treinador do conjunto "cervecero" (apelido do clube, que em português significa cervejeiro) protestou porque – segundo comentou – "dirigente do Quilmes sofreram agressões na saída do estádio e nós não vamos fazer nenhuma denúncia. Uma coisa me assusta na denúncia. Desábato não disse ‘negro de m…´, quem viu foram as testemunhas televisivas, que disseram que leram os lábios de Leandro. Detiveram ele no meio do campo, pedi ao comissário (o superintendente do Garra, Osvaldo ‘Nico’ Gonçalves) que não fizesse aquela cena diante de tanta gente e ele me disse: ‘Isso é uma questão de rotina’", relatou Alfaro a rádio Continental (rádio argentina).

Por sua vez, o plantel completo do Quilmes permanecerá no Brasil quando não se defina a situação do zagueiro. Assim manisfestou José Luis Meiszner, segundo vice-presidente do clube, em declaração ao canal Todo Noticias. "Nos ficaremos aqui porque esta não é uma viagem turística, é de uma delecação esportiva que venho competir e deve voltar completa". Segundo comentou o dirigente da entidade "cervecera", Desábato está preso e o Quilmes contratou advogados que estavam tentando a liberação do futebolista. O ministro do Interior, Aníbal Fernández, comentou nesta quarta a "FM Rock and Pop" que lhe chamou a atenção que a denuncia foi apresentada no intervalo e em uma delegacia sem jurisdição e no estádio do Morumbi, onde a equipe do sul bonaerense perdeu de 3 a 1 para o clube paulista pela Copa Libertadores da América. O funcionário (José Luis Meiszner) revelou que duas pessoas se apresentaram na mesma seccional pois haviam visto o incidente pela TV e também queriam fazer a denuncia. O consul argentino em São Paulo, Norberto Vidal, alegou que a palavra "negro" na Argentina não tem, necessariamente, conotações racistas e que pode ser utilizada carinhosamente. Mas também admitiu que a legislação no Brasil "é muito dura e o tema racial é de total atualidade, portanto há muita sensibilidade por estas coisa e a ela se soma a clássica rivalidade futebolística entre argentino e brasileiros".

Por sua parte, a Confederação Sulamericana de Futebol (CSF) disse que tomará medidas sobre o assunto. "Este tipo de coisa merece a mais forte atitude de condenação do futebol sulamericano e o presidente da Confederação, Nicolás Leoz, irá a São Paulo para se informar da situação e tratar de mediar diante a Polícia Federal", disse para agência EFE o porta-vos da CSF, Néstor Benítez.

Desábato foi detido quando ainda estava no campo do Estádio do Morumbi e apenas terminou a partida (algo inédito no Brasil). O incidente havia ocorrido no intervalo e significou a expulsão de Grafite, porque discutiu com Carlos Arano, também excluso do jogo. Do vestiário, Grafite foi a uma delegacia para denunciar a ofença. "Ninguem está inventando nada. Tudo isso está previsto na lei. Isso pode servir de exemplo, não só para o futebol, mas sim para tudo", afirmou o comissário Osvaldo Gonçalves, responsável pela prisão, justicando a decisão inédita. Ele disse que "o racismo tem que ser reprimido de todas as forma. Isso ocorreu lá (na Argentina) e se repetiu aqui".

A decisão de Grafite foi aprovada pelo técnico do São Paulo, o ex-selecionador brasileiro Emerson Leão. "Tomada essa decisão, ter que até o fim. É a primeira vez e por isso tanta discussão, mas sempre há uma primeira vez", afirmou Leão em declarações ao canal Globo.

Nos mês passado, Grafite já havia tido problemas similares com os jogadores do Quilmes na partida de ida, logo declarou a imprensa brasileira que havaim chamado de "mono negro" (sic). "Recebi muitas cusparadas da torcida e jogadores do Quilmes, durante a partida, me chamaram de "mono negro", mas não respondi. Eu sei que a Copa Libertadres é assim", havia dito Grafite ao diário brasileiro Lance! naquela oportunidade. Os dirigentes fizeram uma conciliação formal (mediante cartas) entre os clubes.

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'Absurda detenção', diz Quilmes

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