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O futebol brasileiro viveu momentos marcantes em 1968. O ano que entrou para a história como o de maior rebeldia, reivindicação e protesto estudantil também foi emocionante no esporte mais popular do país. Não houve Copa do Mundo, mas as histórias são tão boas quanto as contadas nos anos de Mundial. Para começar, a seleção preparava-se para a disputa da Copa do Mundo de 1970. Em junho, o preparador físico do escrete canarinho, Admildo Chirol, contava em uma rtigo as mudanças táticas que o Brasil testava. Ele narrava os bastidores da escalação de Gérson, Tostão e Rivellino juntos – e com a participação de Carlos Alberto Torres, como ‘coadjuvante’. Mais do que uma escalação abusada, a novidade que contava Chirol vinha da obrigação destes jogadores de não mais apenas atacar o adversário. Eles, agora, teriam de marcar também. A mudança era expressiva, já que saber atacar o time adversário, eles já tinham cansado de provar que sabiam. A mudança veio depois de uma excursão do Brasil pela Europa, para a disputa de alguns amistosos. A seleção voltou com três vitórias e duas derrotas. O então estagiário Carlos Alberto Parreira apresentou ao técnico da seleção, Aymoré Moreira, algumas fotos de partidas em que o time do treinador havia sido derrotado. O futuro campeão do mundo com o Brasil em 1994 deixou clara a necessidade de recuar um meia, apertar a marcação e melhorar o preparo físico de seus atletas. Aymoré foi convencido por um estagiário. Em um amistoso contra a Polônia, o Brasil jogou conforme as explicações de Parreira para Aymoré. A partida terminou 6 a 3 para a seleção verde e amarela. Ali, diz Admildo Chirol, o futebol brasileiro produziu sua maior mudança desde a chegada do esporte em terras tupiniquins. Enquanto isso, o país tentava entender a bagunça que foi a Taça Brasil. Se 1968 é o “ano que não terminou”, segundo o escritor Zuenir Ventura, essa competição é o “campeonato de 68 que acabou em 69”. Por conta de uma briga entre o Botafogo e o Metropol (SC), pelas quartas-de-final, o torneio ficou quatro meses parado. Nesta época, a Taça Brasil dava vaga para a Taça Libertadores. Com o atraso – a Libertadores ia começar e o Brasil não conseguia terminar seu torneio nacional -, a então CBD (Confederação Brasileira de Desportos) decidiu indicar os melhores colocados da Taça Roberto Gomes Pedrosa. Somente em outubro de 1969, o Botafogo sagrou-se campeão, batendo o Fortaleza, e encerrou o campeonato mais longo da história do futebol brasileiro. O treinador do Botafogo nesta época era Mário Jorge Lobo Zagallo. Mas o Fogão só voltaria a ganhar algum torneio expressivo 21 anos depois. 1968 foi o início da fila do Botafogo. E se alguém pensou em Garrincha, fique sabendo que o craque não atuava mais com as cores do time de General Severiano. Em 1968, Garrincha fazia sua estréia pelo Flamengo, sem deixar grandes marcas. Em São Paulo, o Santos de Pelé conquistava o bi-campeonato paulista, batendo o Corinthians na final. Em Pernambuco, o Náutico conquistava o inédito hexacampeonato estadual em cima do grande rival Sport, em três jogos. Em Minas Gerais, o Atlético ficou com a taça, assim como o Coritiba no Paraná, o Grêmio no Rio Grande do Sul e o Fluminense – de Feira de Santana – no Campeonato Baiano. <b>MAIS 1968 NO ESPORTE</b> <a target="_blank" href="http://www.virgula.me/esporte/novo/nota.php?ID=25959">O mundo esportivo também viveu dias especiais</a></p>
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