Paulo Bruscky é um artista que de tempos em tempos é redescoberto. Seja em alguma Bienal, seja em uma individual retrospectiva, seja nas escolas de arte. Agora chegou a vez da Art Basel, que acontece até domingo (7), mostrar a força deste pernambucano extremamente inovador. Um dos Kabinetts – espaço cedido para poucas galerias fazerem algo mais de cunho curatorial e mostrar mais trabalhos de um só artista – era só dele. Como uma carta em uma garrafa atirada ao mar, Bruscky, de vez em quando, é capturado e sua mensagem é sempre intensa e libertária.
A galeria paulistana Nara Roesler reservou um espaço para o cara que simplesmente foi o pioneiro na arte xerox no mundo e um dos primeiros a se jogar na mail art (arte postal) e na fax art. Já era um artista conceitual antes disto virar regra em certas escolas de arte e galerias.
O espaço apresenta pequenos trabalhos do artista como algumas mail art, algumas instruções de performance, fotos, tudo para assim compreendermos o gigantismo esquecido de Bruscky.
No meio do ruído e do frisson do Miami Beach Convention Center, o cantinho escondido reservado a Bruscky é um oásis de bom humor e um pouco de dignidade dos artistas.
Muitos consideram que o fato dele ainda morar em Recife, longe do circuito das artes, é que faz com que ele ainda não tenha o merecido conhecimento, mas olhando a pequena sala feita para ele na Art Basel chegamos a conclusão que talvez sua obra seja perigosa, libertária demais para o mainstream.
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