Quando os Jovens se Tornam Adultos. Esse é o pomposo título brasileiro do filme Diner, escrito e dirigido por Barry Levinson (indicado ao Oscar pelo roteiro) e trazendo um elenco de jovens promessas do cinema americano na época: Kevin Bacon, Mickey Rourke, Steve Guttenberg e Daniel Stern. O filme nunca estreou nos cinemas brasileiros, surgindo por aqui alguns anos depois em vídeo e na televisão.
E mais de 30 anos depois, a obra retorna em versão teatral e musical. O filme, uma comédia nostálgica sobre um grupo de amigos saídos da adolescência no final dos anos 50, ganhou trilha musical (música e letras) de Sheryl Crow, tornando-se assim um espetáculo na linha Broadway.
A montagem estreou no início de dezembro e deve ficar em cartaz até 25 de janeiro, no Signature Theater, em Arlington, Virgínia. Com direção e coreografias de Kathleen Marshall (que já dirigiu montagens de Grease e Um Pijama para Dois) e adaptação de texto do próprio Levinson, o espetáculo vem recebendo críticas favoráveis da imprensa americana.
Para a parte musical, Sheryl Crow criou composições no estilo ingênuo do rock daquele final dos anos 50 – roquinhos açucarados, temas com influência de rhythm and blues, doo-wop e afins, criando uma seleção que poderia figurar no hit parade da época.
A montagem de Diner não deixa de significar uma tendência dos novos musicais dos EUA. Enquanto no Brasil o gênero tem hoje como principal filão as biografias musicais de ídolos da MPB e do pop rock brasileiro, nos EUA ganham força as montagens com a sonoridade do rock e dos grupos vocais do final dos 50, início dos 60 – cujo maior hit é Jersey Boys, sobre o grupo Frankie Valli and the Four Seasons, que virou filme em 2014 dirigido por Clint Eastwood.