A cidade de Barra Mansa é o lar do Sala Preta, coletivo teatral que movimenta a produção cultural do município do sul do estado do Rio de Janeiro, e também de toda a região. Formado em 2009 por artistas que já trabalhavam com o teatro, o Sala Preta é fruto de uma “energia cósmica agregadora”, nas palavras do ator Danilo Nardelli, um de seus integrantes. Após cinco anos de existência, o coletivo continua firme em sua missão de estudar novas práticas e métodos do fazer teatral.

Foi o próprio Nardelli, ao lado do também ator Rafael Crooz, que deu os primeiros passos do que hoje é o Sala Preta. Na busca por um espaço onde pudessem praticar e pesquisar sobre as artes cênicas. Encontraram uma pequena sala no Centro de Barra Mansa, e a adequaram da melhor forma para o que pretendiam. O primeiro passo foi pintar as paredes de preto, pois, segundo o produtor Bravo, também integrante do coletivo, essa “é a cor mais neutra e contribui para o início de um trabalho cênico”.

Em entrevista ao Virgula, Rafael Crooz relembra os primeiros passos do Sala Preta: “Após algumas pesquisas sobre as ações físicas, se juntaram a nós os atores Bianco Marques e David Cunha e em pouco tempo mergulhamos no universo do dramaturgo gaúcho, do século XIX, José Joaquim Campos Leão, conhecido como Qorpo Santo. O resultado desse trabalho foi uma performance de 40 minutos apresentada no dia 11 de janeiro de 2009, naquela pequena sala 12 convidados assistiram a performance “Desordem e Regresso”. Estava inaugurada espaço Sala Preta, o lugar. Esse mesmo nome depois passou a ser atribuído ao grupo e então surgiu o coletivo”.

Hoje o Sala Preta conta com nove integrantes, entre atores, professores, produtores e artistas com as mais distintas vivências “Além disso o Sala Preta oferece um curso e conta com duas turmas. São 21 alunos entre a turma do Curso Básico e a turma de Aprofundamento. No fim do curso realizamos uma montagem para cada turma com o envolvimento de toda a equipe do Sala Preta”, conta o ator Thiago Dellprane. O curso é um dos carros chefes do coletivo, que tem ainda na Tomada Urbana uma de suas principais características. Como afirma Dellprane, a Tomada Urbana surgiu apenas como teatro de rua, mas hoje leva também música, cinema, artes visuais e performance de artistas e grupos nacionais e internacionais para as ruas de Barra Mansa e região. A exemplo do que ocorreu em 2013, este ano a Tomada Urbana deve ser realizado no mês de novembro.

Outro projeto que caminha no Sala Preta é o intercâmbio com a diretora sérvia Jadranka Adjelic, que atualmente está em processo de de treinamento sobre as ações físicas e o trabalho do ator. “O projeto está em fase de montagem e espera estrear no segundo semestre deste ano, e quem sabe apresentar em outros países”, revela a atriz Kaline Leigue.

Atuando como agentes transformadores e preservadores da cultura, o Sala Preta é um dos indicados ao Prêmio de Cultura do Rio de Janeiro. E na opinião da produtora Viviane Saar, é motivo de muito orgulho. A indicação ao Prêmio vem na mesma época em que a FEBACLA (Federação Brasileira dos Acadêmicos de Ciências, Letras e Artes), nos homenageará com a Medalha Qualidade Ouro, no dia 25 de abril, numa cerimônia em que vários artistas da Região também serão homenageados”.

Conheça mais sobre o Sala Preta acessando o blog e também o perfil do coletivo no Facebook.


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Conheça o Sala Preta, coletivo teatral que movimenta cena cultural de Barra Mansa e região