Já parou para imaginar desde quando você ouve falar de Os Simpsons? Faz tempo, né? Pois é, nesta quinta-feira (17/12) o desenho completa 26 anos muito bem vividos.
Criado por Matt Groening, a animação não tem muitas amarras, e nesse tempo todo usou muitas vezes a ironia para tratar de assuntos polêmicos e contraditórios, além de zombar e desfazer de algumas coisas.
Listamos abaixo alguns dos assuntos mais polêmicos abordados pela família mais atrapalhada de Springfield. Dá uma olhada:
Mistura com Family Guy e estupro
Um episódio perdido de Family Guy, de Seth MacFarlane, que não foi ao ar mas acabou sendo publicado por alguns sites, mostra Quagmire tentando estuprar Marge e tentando matar os Simpsons. O vídeo foi uma espécie de contra-ataque de Seth, que havia sido acusado de plágio algum tempo antes.
Legalização de casamento gay
Desde 2005 Springfield é uma cidade gay friendly. Para atrair mais turistas, a cidade se declarou a favor do casamento gay. Uma das irmãs de Marge saiu do armário, e a esposa de Homer não apoiou a decisão dela.
Casal gay
Sempre juntos no bar do Moe, Lenny e Carl levantaram suspeita de formarem um casal gay. Os produtores até confirmaram a suspeita, mas depois disseram que se tratava de uma “piada”.
Australianos chateados
A Austrália também não foi muito bem retratada em um episódio que foi ao ar em 1995. A visão de país pouco desenvolvido deixou os australianos chateados. Mais de 100 cartas com reclamações chegaram à mesa da equipe do desenho.
Guru da Copa
Num episódio mais recente, Homer aparece como árbitro de uma partida na final de copa do mundo. Foi bem antes da final de verdade, mas o desenho colocou Brasil e Alemanha na final, e adivinha quem ganhou?
George Bush como vizinho
Em 1992, o presidente dos EUA George Bush disse que “Os Simpsons representavam o declínio da sociedade americana”. Em 1996, o político foi transformado em vizinho e levou o maior soco de Homer.
Para tirar uma onda, Bart resolveu andar de skate pelado no filme dos Simpsons. Nas cenas, vários objetos são usados para esconder o “pingulin” de Bart, mas no final, ele aparece peladão mesmo.
Muçulmanos acusados de terrorismo
Morar perto da família Simpson não parece mesmo ser um bom negócio. Em um episódio que foi ao ar em 2009, ele acusa seus vizinhos muçulmanos de serem terroristas. Depois descobre que o chefe da família era apenas um operário.
Bart gay
Em 1997, a Fox cogitou não exibir o episódio A Fobia de Homer ao ar. Na história, Homer demonstra ter várias dúvidas sobre a sexualidade do filho Bart. O episódio foi ao ar e rendeu um prêmio Emmy.
Simpsons coreanos
Após boatos de que os produtores terceirizavam a maioria do trabalho para uma empresa coreana, o britânico Banksy resolveu protestar criando sua própria abertura para o desenho. Nas cenas, alguns orientais aparecem ao lado de crianças, trabalhando em produtos com a cara dos Simpsons.
Violência com Comichão e Coçadinha
O desenho preferido de Bart é cheio de violência. Vira e mexe um corta a cabeça do outro com os mais variados objetos.
Crítica ao império Disney
O gato e rato Comichão e Coçadinha têm um parque temático em um dos episódios. No episódio, o criador tem passado nazista.
Zoeira com Rio de Janeiro
O produtor James Brooks pediu desculpas publicamente após um episódio que mostrou o Rio de Janeiro como um lugar infestado por ratos, macacos e sequestradores. A coisa ficou séria. A secretaria de turismo do Rio cogitou processar os criadores, mas rolou a desculpa, então, tudo bem…
Mancada com Nova Orleans
Mais uma da série “vamos zoar com os lugares”. Em 1992, a cidade de Nova Orleans foi retratada em uma música do como sendo um lugar onde vivem apenas “bêbados, piratas e putas”. Isso não foi nada legal.
Brasil em baixa
Os dubladores do desenho “passaram um pano” nas falas de Lisa e Bart num episódio que foi ao ar em 2007. Ao desembarcarem na Baía de Barnacle, nos EUA, Lisa fica chateada e diz que é o pior lugar do mundo. A edição de som fez com que Bart respondesse: “Tem certeza?”. A fala correta era: “Não achou o Brasil pior?”.
Festividades de São Patrício
Uma piada de Bart durante as festividades do Dia de São Patrício deixou um dos membros do parlamento norte-irlandês bastante irritado. Numa briga entre habitantes da Irlanda do Norte e da República da Irlanda, o garoto diz: “Onde está o Ira (Exército Republicano Irlandês) quando você precisa deles?”. Não pegou bem.
11 de setembro
Antes dos atentados de 11 de setembro, a Fox exibiu um episódio chamado “A cidade de Nova York contra Homer Simpson”. Após os atos terroristas nas torre gêmeas, o episódio parou de ser exibido.
Bullying na escola
Considerado o mais polêmico do início da série, o quinto episódio da 1ª temporada mostra Nelson socando Bart várias vezes. O desenho cita filmes de guerra e adaptações de ações de combate no âmbito escolar.
Treta com a Fox News
A Fox News é da mesma empresa da Fox, mas nem por isso foi poupada. Em um episódio de 2010, um helicóptero da emissora de notícias apareceu com a frase: “Não somos racistas, mas somos o número 1 entre racistas”.
Homer e o acidente de Fukushima
Em vários episódios de Os Simpsons, Homer aparece dormindo durante o trabalho na usina nuclear. Após o acidente de Fukushima, em 2011, alguns canais de emissoras europeias decidiram não exibir os episódios com os descuidos de Homer.
Votação polêmica
Em um episódio de 2012, Homer tenta votar sem documento e é proibido. Ele diz que é “um cara branco de 40 anos” sem estudo e que fica sabendo das coisas por monitores de notícias em postos de gasolina e é liberado para votar. O voto dele vai para Romney, só porque o candidato usa “cuecas mágicas”, uma clara referência às vestes religiosas dos mormons.
Ditadura de Juan Perón
Em 2008, a Fox decidiu não exibir um episódio no qual Carl e Lenny falam sobre a ditadura de Juan Perón: “Gostaria de uma ditadura como a de Juan Perón. Quando sumia com você era pra sempre”, diz ele. E o outro responde: “E além disso a esposa dele era a Madonna!”
Frankie Carbone mafioso
O ator Frank Sivero, de Os Bons Companheiros, não gostou de “sua versão” em os Simpsons. Ele processou os produtores em US$ 250 milhões.
