Nos últimos dias, só se fala em Rock in Rio. A atual edição do mega festival está mobilizando corações e envolvendo as redes sociais. E com um charme extra: são 30 anos do evento (a 1ª edição aconteceu em janeiro de 1985). E como recordar é viver, vamos lembrar detalhes marcantes e hilariantes dessa edição pioneira e histórica…
Boatos
Dizem que Rita Lee ganhou o cachê mais alto entre os artistas nacionais que se apresentaram no Rock in Rio I. O sorrisão de Rita enquanto visitava as instalações da Cidade do Rock, semanas antes do evento, não revela muita coisa…
Mas os óculos roqueiros da Rainha do Rock viraram moda e até a repórter da Globo aderiu!
Dizem que Ozzy Osbourne comeu (literalmente) um morcego que caiu no palco durante seu show.
Nostradamus (1503-1566, sim, o próprio) tinha feito uma previsão de que, em janeiro de 1985, um grande evento envolvendo jovens na América do Sul acabaria em catástrofe. Por isso, muita gente dizia que o Rock in Rio I era perigoso. Mas, tirando as chuvas e a lama, nenhuma catástrofe ocorreu!
Fatos
Glória Maria já estava lá! (claro! ) A repórter entrevistou muitos astros, incluindo Freddie Mercury.
Nas lanchonetes da Cidade do Rock, só tinha uma marca de cerveja: Malt 90, que logo foi apelidada pelo público de “Malt Nojenta” ( !!! )
A moda em 85 era o auge da new wave tropical. Por new wave, entenda-se o “abrasileiramento” da onda musical que bombou nos EUA e Inglaterra entre 1975 e 1981. Quando chegou ao Brasil, no início dos 80, a new wave local virou um festival de cores cítricas e berrantes que fez a fama de grifes como Pakalolo, Noruega Norway, OP (Ocean Pacific), Lightning Bolt… Claro que essa new wave brasuca foi vista fartamente nos palcos do Rock in Rio, principalmente com Cazuza e o Barão Vermelho…
E ainda a banda Blitz, que em alguns aspectos lembrava a americana The B-52’s (também presente no Rock in Rio de 85)…
A banda AC/DC, representante do metal presente ao evento, acabou se entregando ao nosso país tropical e posou assim nas praias cariocas:
Enquanto isso, o veterano Tremendão Erasmo Carlos, da Jovem Guarda, ostentava um figurino bem heavy metal (imaginem o calor!) para seus shows no Rock in Rio!
E quanto a David Coverdale, vocalista do Whitesnake, o destaque era a cabeleira “samambaia”, que também devia ser bastante quente…
Já a cantora Paula Toller, band-leader do Kid Abelha e os Abóboras Selvagens (era assim que a banda se chamava na época), tinha um look “Joãozinho” com seu cabelo curto…
Mas na hora do palco ela exibiu um visual prateado que foi sensação:
E o visual de “nerd universitário” de Herbert Viana à frente dos comportados Paralamas do Sucesso?
Ney Matogrosso não deixou por menos e subiu ao palco com visual incrível (quem não quer uma calça dessas?), lembrando suas origens no Secos & Molhados:
A alemã Nina Hagen trajava um macacão “couro de cobra” (homenagem a Ney?!), com o detalhe da pochete em região estratégica!
Mas o grande look inesquecível ficou mesmo com Freddie Mercury à frente do Queen…
Discos!?
85 era o auge do mercado fonográfico do Brasil. A era dos discos de vinil e fitas K-7! O Rock in Rio lançou dois LPs (long-plays), um só com astros nacionais, outro só com internacionais – detalhe: não eram as gravações dos shows do festival. Esses LPs foram lançados antes do evento, e traziam as gravações originais de estúdio dos artistas.
Leda Nagle era uma das repórteres do Rock in Rio, e nessa entrevista com Rita Lee o clima estava “muito gostoso” (como diz Leda), até Rita estava fumando um! (Cigarro. Naquela época, pessoas fumavam em programas de TV!)
Já no Rock in Rio II, em janeiro de 1991, olha quem era repórter de campo do festival, no Maracanã:
Mas essa é outra história…
Rock in Rio I - Janeiro de 1985
Créditos: Getty Images