A próxima aposta da Disney é Mogli, o Menino Lobo (The Jungle Book), nova leitura do livro de Rudyard Kipling que já rendeu um longa de animação da própria Disney em 1967. Desta vez, o filme mistura live action com animação. E, como já é moda há muito tempo, conta com elenco de estrelas… fazendo as vozes.
Isso mesmo. Há cerca de duas décadas, Hollywood descobriu um filão milionário: o esquema é convidar astros e estrelas do cinema (e até da música pop) para dublar os personagens das animações, e assim atrair público.
O marketing é tanto que chegamos ao ponto em que longas de animação ostentam os nomes de seus dubladores nos cartazes, antes dos títulos dos filmes, como se o ator estrelasse o filme de corpo presente. Exemplo: “Jack Black em… Kung Fu Panda”.
Antigamente isso não acontecia, mesmo porque as pessoas que dublavam as animações eram dubladores profissionais, especializados no ramo, ou atores de teatro e de rádio, mas sem muita visibilidade. Os antigos desenhos da Disney nunca tinham astros dublando – essa era vista como uma atividade “menor”, menos nobre do que atuar “de verdade”.
Muito raramente astros do cinema dublavam desenhos. Nos anos 60, 70 e 80 tivemos algumas exceções: Rod Taylor (de Os Pássaros) dublou o cachorro Pongo em Os 101 Dálmatas (1961); George Sanders (de A Malvada) dublou o tigre Shere Khan em Mogli (1967); Geraldine Page foi a voz da Madame Medusa em Bernardo e Bianca (1977); Kurt Russell e Mickey Rooney dublaram O Cão e a Raposa (1981).
Nos anos 90, a tática começou a ser usada com mais apetite. Robin Williams dublou o Gênio de Aladdin (1992), e o sucesso deu um estalo na Disney. A partir de O Rei Leão (1994) a prática pegou de vez. E nunca mais parou.
Veja na galeria a seguir quem são os astros que deixaram suas vozes imortalizadas nos blockbusters de animação das últimas duas décadas: