O complexo de vira-lata do povo brasileiro é frequentemente lembrado, principalmente quando se fala em cinema nacional. Muita gente afirma que a produção brasileira não tem qualidade. E a origem desse pensamento está lá atrás, numa fase hoje distante do nosso cinema.
Estamos falando da pornochanchada. Esse gênero tão amado e odiado ao mesmo tempo, que reinou durante as décadas de 70 e 80. Há quem confunda pornochanchada com filme pornô – nada a ver. A pornochanchada trazia comédias picantes ou dramas existencialistas, recheados de cenas de nudez e de sexo simulado, mas sem resvalar para o pornô. A partir da metade dos 80, o gênero morreu e deu espaço (aí sim) para a produção explícita.
Mas, embora tão massacrada, a pornochanchada foi um grande momento do cinema brasileiro. Basta dizer que foi o período mais rentável em termos de bilheteria – números até hoje não superados, em valores relativos, é claro.
E como todo gênero cinematográfico que se preze, a pornochanchada teve seus ícones. Astros e estrelas que protagonizavam as hilárias, melodramáticas e bizarras tramas dos filmes – e que, naturalmente, tiravam a roupa sem cerimônia.
David Cardoso foi o líder do gênero – tanto que o título de sua autobiografia lançada em 2013 é justamente O Rei da Pornochanchada. Helena Ramos foi a Rainha. E havia os príncipes como Ney Sant’anna e Arlindo Barreto, o primeiro-ministro Carlo Mossy, as princesas Nicole Puzzi e Aldine Muller…
Enfim, são muitos os atores e atrizes que iluminaram tais filmes. Na galeria a seguir, elencamos uma modesta seleção dos mais significativos. Confira suas trajetórias e por onde andam agora…