Em tempos de Star Wars, com a overdose de informações sobre a saga planetária, um detalhe se destaca: a ausência de George Lucas.

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Como já é de conhecimento público, Lucas está desconectado da franquia que ele mesmo criou. Depois de produzir duas trilogias de Star Wars (1977, 1980, 1983 / 1999, 2002 e 2005), desta vez o velho nerd não participou da coisa.

A Disney comprou a Lucasfilm em 2012 disposta a produzir (só para começar) uma nova trilogia da grife. George Lucas, inicialmente, iria atuar como consultor dos novos filmes, mas acabou rompendo total – e declarou recentemente que, para ele, é como um divórcio: ele quer distância da nova parte da saga.

Sendo assim, os fãs que rejeitarem o Episódio VII – O Despertar da Força, que acaba de estrear, não vão poder atacar Lucas, já que ele não teve participação no filme. E terão de xingar outras pessoas: o diretor J.J. Abrams? A produtora Kathleen Kennedy? O roteirista Lawrence Kasdan?

Mas houve um tempo em que o alvo predileto dos fãs revoltados era mesmo George Lucas. E essa mania de detonar o criador de Star Wars gerou até mesmo um filme: O Povo Contra George Lucas.

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O documentário é um petardo divertidíssimo. Produzido em 2009, foi exibido no Brasil no Festival É Tudo Verdade, em abril de 2010, e rodou o mundo em festivais de cinema, até ser finalmente lançado na internet em agosto de 2011.

No filme, o diretor Alexandre O. Philippe dá voz a hordas de fãs, jornalistas e especialistas em Star Wars. Todos eles têm motivos para criticar George Lucas: basicamente o ataque vai contra a segunda trilogia, formada pelos filmes A Ameaça Fantasma, O Ataque dos Clones e A Vingança dos Sith.

Tais fãs alegam que os filmes eram fracos e frustrantes, e criticam George Lucas por ter “cometido” a segunda trilogia e, claro, por ter “infantilizado” a saga – e nesse caso o alvo principal é o personagem Jar Jar Binks.

Outra razão para as críticas: nos anos 2000, George Lucas remasterizou a trilogia original, retirando cenas, inserindo efeitos digitais e supostamente “melhorando” os antigos filmes.

Foi o bastante para que fãs puristas atacassem Lucas, alegando que ele estragou a obra, além de ter cometido certos desvarios: por exemplo, inserir no final de O Retorno de Jedi a imagem de Anakin Skywalker jovem (personagem que só aparece na segunda trilogia), substituindo o Anakin idoso que aparecia ali.

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O “caso Anakin Skywalker”

Outro erro imperdoável: ter “santificado” Han Solo em Episódio IV: Uma Nova Esperança. Na cena original, Han Solo atirava numa criatura espacial dentro da cantina. Na mudança realizada por Lucas, a criatura levanta uma arma contra Solo, e aí ele atira – ou seja, foi em legítima defesa…

Mas apesar de tanta “mágoa”, o documentário é hilário e repleto de momentos divertidos, como um desenho animado que mostra George Lucas e o amigo Steven Spielberg saltitando felizes num campo de margaridas, enquanto pensam nos próximos projetos. Ou ainda os trechos de filmes da saga Star Wars recriados por fãs, com os resultados mais impagáveis e inacreditáveis. E que tal uma banda de rock tocando uma música chamada George Lucas Rapped Our Childhood? (George Lucas estuprou nossa infância)

Enfim, O Povo Contra George Lucas é uma obra obrigatória para os fãs de Star Wars e de cultura pop em geral. Para ver o filme inteiro, é preciso acionar o site oficial No YouTube, existe um trailer da obra:


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O Povo Contra George Lucas: Documentário crucifica o criador de Star Wars