“Onde está a Lady Gaga?”, pergunta um grupo de senhoras na minha frente para a jovem do setor de informações, logo na entrada do Miami Beach Convention Center, onde acontece até domingo (7) a Art Basel. Elas não eram nada “little monsters”, muito pelo contrário, tinha um ar de Super Gatas (veja) fashion, mas estavam curiosas para ver a recente obra do cenógrafo, diretor de teatro e artista plástico Robert Wilson que tem Gaga como modelo.
Pergunto a moça das informações se muitos procuram por Lady Gaga ali. “É disparado o que mais me perguntam, e olha que o povo pergunta de um tudo aqui”. A “poker face” ganhou um canto pra chamar de seu: o que na Art Basel chama-se Kabinett, espaço que algumas galerias podem expor um recorte mais curatorial e ter mais obras de um só artista.
Bom no caso, a galeria berlinense Thomas Schulte colocou em uma sala especial a série de vídeos de alta definição que Wilson fez com Gaga este ano, depois que ela a procurou pedindo para fazerem alguma coisa juntos, no ano passado. Ele cenografou a apresentação da cantora no VMA de 2013 e depois sugeriu que ela fizesse para ele seus vídeo-retratos. Wilson já tinha realizado essas experiências com Winona Ryder e Brad Pitt (veja aqui).
Com o tema a morte, Wilson fez Gaga reproduzir clássicos da história das artes plásticas como o Marat Assassinado, de David (1793), em sessões que duraram mais de 14 horas.
E a Mademoiselle Caroline Rivière, de Ingres (1806), que a modelo aos 15 anos morreu logo depois de finalizada a pintura.
Na versão vídeo de Lady Gaga, de tempos em tempos, ela dava uma piscadinha marota.
A sala não ficava abarrotada, mas estava sempre cheia e não tinha quem passasse direto, o que significa muito (muito mesmo!) diante o povo blasé das artes plásticas.
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