Houve um tempo em que Roberto Carlos não era essa figura “família” e “religiosa” que todos os anos assombra o Natal do Brasil com seus especiais de TV. Nos anos 60, o cantor era um ídolo da juventude, e se comportava como tal: era rebelde, pop e ousadinho.
E se inspirava nos seus similares britânicos: os reis da juventude inglesa, os Beatles. Assim como o quarteto de Liverpool, que passou a estrelar filmes de cinema (e lançar discos com as trilhas dos filmes), Roberto logo engrenou uma pequena carreira nas telonas.
Foram três filmes estrelados pelo Rei, cada qual gerando novas canções e muitas cenas videoclipescas nos longas-metragens: Roberto Carlos e o Diamante Cor de Rosa (1968), Roberto Carlos em Ritmo de Aventura (1969) e Roberto Carlos a 300 Km por Hora (1971).
No primeiro (foto acima), Roberto, Erasmo Carlos e Wanderléa fazem uma viagem pelo Japão e a cantora compra uma antiga estatueta numa loja de antiguidades. Mas perigosos bandidos perseguem o trio, pois a tal estatueta guarda um mapa de tesouro – !!!
Essa trama era completamente copiada do filme Help! (1965), dos Beatles, onde Ringo Starr colocava no dedo um anel sagrado que também era desejado por misteriosos personagens.
O segundo filme do Rei (acima) mostra Roberto sendo perseguido por uma bizarra gangue internacional que quer sequestrá-lo e levá-lo para os EUA.
O terceiro filme é o único em que Roberto não interpreta a si mesmo. Ele vive Lalo, um humilde mecânico que cuida do carro de um famoso piloto de corridas (Raul Cortez), além de ser apaixonado pela namorada do piloto. Quando o patrão desiste de correr num campeonato, Lalo assume o volante e se torna um astro das pistas!
Os filmes são hilários, registros ingênuos e exuberantes do final dos anos 60. O Canal Viva está reprisando a trilogia neste mês de novembro: às sextas-feiras, às 21h30. Veja ou reveja, afinal… Rei é Rei.
Os Beatles no cinema
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