“Quem é Bill Murray?”, pergunta Abigail Breslin no filme Zumbilândia, no qual o ator aparece como ele mesmo, em momento impagável de auto-referência. Fácil dizer pra quem nasceu pelo menos na primeira metade dos anos 80: um dos comediantes mais cults do cinema. E justamente nesta terça-feira (21), o ícone da cultura pop completa exatos 60 anos.
Embora tenho ficado para o século 21 como “o ator redescoberto por Sofia Coppola“, Murray criou um novo estilo mesmo depois de passar décadas como um dos humoristas mais cultuados. O ator foi da comédia pastelão (quando o gênero ainda era realmente engraçado e bem escrito) em Almôndegas (Meatballs) e Os Caça-Fantasmas a papéis dramáticos – e consagrados -, como em Encontros e Desencontros e Flores Partidas, durante sua carreira.
Nos Estados Unidos, ele é praticamente uma entidade, e no resto do mundo uma figura legendária, principalmente por saber aproveitar ao máximo essa condição em favor de seus personagens. Na última semana, dia 17 de setembro, por exemplo, Bill ganhou um evento em sua homenagem, open bar, é claro, na R&R Gallery em Los Angeles, entitulada Mr. Bill Murray – A Tribute to the Legend.
Da medicina ao cinema
Murray já era uma figura antes mesmo de estrear no cinema. Na perído escolar, foi líder de uma banda chamada The Dutch Masters e mais tarde largou a faculdade de Medicina após ser preso em um aeroporto por tentar embarcar com “apenas” dois quilos de maconha. Foi a gota d’água para abandonar a vida formal para tentar a vida como comediante.
E um de seu primeiros trabalhos notórios foi logo ao lado dos ótimos Chevy Chase, John Belushi e Dan Ayckroyd no programa de rádio The National Lampoon Radio Hour, parceria que mais tarde vingaria no clássico Saturday Night Live, no qual participou de 73 episódios.
A experiência rendeu em seguida a sua estreia no cinema: no filme Almôndegas (Meatballs, de 1979). A partir daí conheceu o sucesso de público e crítica com Clube dos Pilantras (Caddyshack, de 1980), Os Caça-Fantasmas (Ghostbusters, de 1993) e o clássico da sessão da tarde Feitiço do Tempo (Groundhog Day).
Apesar de não ter sumido do cinema – basta lembrar de sua pequena, mas marcante participação em Os Excêntricos Tenembaums (The Royal Tenenbaums, de 2001) – Bill foi reinventado, ou melhor, recolocado no trono do pop por Sofia Coppola em Encontros e Desencontros (Lost in Traslation, de 2003), pelo qual levou o Globo de Ouro e uma indicação ao Oscar, e logo depois em Flores Partidas (Broken Flowers, de 2005), nas mãos de outro ícone, Jim Jarmusch. Visivelmente uma escolha independente, para confrontar com seu passado de blockbusters.
Para comemorar o aniversário do nosso herói Bill “Fucking” Murray, selecionamos os 10 melhores filmes do ator. Basta clicar na imagem abaixo para conhecer a lista: