Alfred Hitchcock faz aniversário. O cineasta inglês nasceu em 13 de agosto de 1899, e portanto hoje completaria 116 anos. E continua mais vivo do que nunca, cultuado por cinéfilos do mundo todo.
E aliás, ele foi o primeiro cineasta pop da história. Seus filmes, todos recheados de cenas antológicas, marcaram o cinema do século XX – e suas cenas foram imitadas, copiadas, refeitas, citadas e homenageadas por milhares de filmes e cineastas. Muito provavelmente, espectadores desavisados já viram cenas inspiradas em filmes de Hitch, e nem ficaram sabendo.
Antes de Almodóvar, Tarantino, Truffaut e até Fellini (para citar alguns cineastas que também viraram adjetivos), Hitchcock deixou sua marca e virou grife cultural. E pelo visto, com o passar das décadas, ele continua indestrutível.
Para provar essa teoria, basta rever algumas das sequências mais marcantes desse diretor que, entre outras coisas, era visto como um cineasta que “filmava cenas de assassinato como se fossem de amor, e cenas de amor como se fossem de assassinato”.
Sabotador (1942)
O clímax do filme é essa perseguição no alto da Estátua da Liberdade, deixando qualquer um com as mãos suadas:
Quando Fala o Coração (1945)
Hitchcock convocou Salvador Dalí, o próprio, para criar o visual dessa sequência, que mostra sonhos do personagem central:
Interlúdio (1946)
Considerada a cena de beijo mais erótica do cinema, mostra Cary Grant e Ingrid Bergman num enlace que nem um telefonema consegue separar:
Festim Diabólico (1948)
O filme abre com uma cena de assassinato, e segue (quase) sem cortes durante 1h30. O diretor fez praticamente uma peça teatral filmada, só cortando algumas vezes porque o rolo de película tem duração de 10 minutos:
Pacto Sinistro (1951)
Obra de gênio, a sequência final do carrossel desgovernado repleto de crianças, com o herói e o vilão do filme duelando em pleno brinquedo, costuma ser aplaudida até hoje em reprises do filme em salas de cinema:
Disque M para Matar (1954)
Ultra copiada, a cena em que o criminoso tenta matar Grace Kelly em pleno telefonema (e acaba morto pela suposta vítima) vive sendo citada – aconteceu recentemente na novela Babilônia:
Janela Indiscreta (1954)
Num filme repleto de cenas marcantes, fiquemos com esta, que sintetiza a obra: o fotógrafo vivido por James Stewart acompanha, pela janela, a noiva invadindo o apartamento do vizinho assassino:
O Homem que Sabia Demais (1956)
Mais uma sequência épica: a cena da ópera, onde Doris Day e James Stewart tentam impedir um assassinato que vai acontecer ao sinal de um dos instrumentos da orquestra:
Um Corpo que Cai (1958)
Considerada a obra-prima de Hitchcock, tem dezenas de cenas antológicas. Vamos ficar com a cena da falsa morte de Kim Novak, perseguida pelo personagem de James Stewart, que sofre de acrofobia:
Intriga Internacional (1959)
Cary Grant tentando escapar de um avião que tenta, literalmente, matá-lo em pleno milharal:
Psicose (1960)
Nem vamos dizer nada, OK? Com vocês, a cena do chuveiro:
Os Pássaros (1963)
Um filme deliciosamente bizarro, onde os pássaros enfurecidos atacam toda uma cidade. Entre as cenas de ataque, temos a escola infantil, com as crianças fugindo desesperadas. E pensar que hoje, com efeitos muito mais avançados, os blockbusters de terror tentam assustar as plateias…
As pontas de Hitchcock
Para encerrar, este vídeo que faz uma colagem de todas as aparições-relâmpago que Hitch fazia nos seus filmes. Confira!