Termina no próximo domingo, dia 17, a Exposição “A Magia de Escher”, que está em cartaz no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, e bateu todos os recordes de visitação, com mais de 175 mil espectadores até o momento.
As galerias do Palácio das Artes – gerenciado pela Fundação Clóvis Salgado – foram abertas para a mostra no dia 20 de setembro, exibindo um extenso e raro acervo de obras de Maurits Cornelis Escher, artista holandês reconhecido pela criação de imagens mágicas, verdadeiros quebra-cabeças visuais que exploram espaço, tempo e perspectiva de maneira inusitada.
“Essa exposição é um importante marco para o Palácio das Artes. É o resultado do nosso compromisso em garantir atividades que realmente sejam do interesse do público mineiro. Por isso, nossos eventos sempre têm presença massiva da população, como é o caso de ‘A Magia de Escher'”, avalia Fernanda Machado, presidente da fundação.
Além da exposição de animações e gravuras do artista, a mostra convida o público a experimentar e desvendar os efeitos óticos e de espelhamento utilizados por Escher em seus trabalhos.
A curadoria foi pensada para que os visitantes, de forma lúdica, prestem atenção nas dimensões visuais criadas pelo artista, retratadas em xilogravuras e litogravuras.
Segundo o curador da mostra, Pieter Tjabbes, essa possivelmente foi a última oportunidade de o público apreciar esse número de obras reunidas fora da Fundação M. C. Escher (Holanda).
Devido à fragilidade das gravuras, a fundação não poderá exibi-las pelo período de quatro anos, para que sejam feitos os trabalhos de conservação.
A relação de Escher com os trabalhos manuais, especialmente com a madeira, teve início ainda na infância, por incentivo dos pais. No colégio, o jovem começou a demonstrar o seu desejo de se profissionalizar na área e, com o apoio do professor de desenho, entrou na Escola de Arte do Haarlem.
Em 1922, o artista se mudou para a Itália, onde encontrou as maiores fontes de inspiração de toda a sua carreira. As gravuras produzidas no período exprimem a perspectiva de Escher perante as paisagens italianas, menos monótonas que as planícies holandesas.
O trabalho do artista se destaca pela simultaneidade da perspectiva, a constante abordagem do infinito, o uso do positivo e do negativo como intercambiáveis, entre outras características que resultam em uma arte que desperta completo fascínio no público.
Tatiana Cavinato, gerente de artes visuais da Fundação Clóvis Salgado, conta que a exposição tem atraído público de todas as idades: “O próprio visitante comenta com a família, traz mais gente, volta com os filhos, é uma exposição que atrai crianças, adultos, jovens, pessoas de todos os perfis”.
Nesta sexta-feira e amanhã a exposição pode ser visitada das 9h30 às 22h e, no domingo, último dia, das 16h às 22h.