Divulgação/São Paulo em Hi-Fi São Paulo em Hi-Fi

Documentário histórico que resgata a era de ouro da noite gay paulistana, nos anos 1960, 70 e 80, São Paulo em Hi-Fi entra em cartaz no Cinesesc (rua Augusta, 2075 ) no dia 19, em nova e definitiva versão. O filme dirigido por Lufe Steffen traz lembranças de testemunhas do período, trazendo à tona as casas noturnas que marcaram época, as estrelas, as transformistas, os heróis, e até os vilões: a ditadura militar e a explosão da Aids.

São Paulo em Hi-Fi será exibido em quatro sessões diárias: 14h; 16h; 19h30; 21h30. Na estreia, em 19 de maio, não haverá a sessão das 19h30, e a última sessão será às 21h, e será especial: gratuita ( ingressos distribuídos 1 hora antes ) e com a presença do elenco e imprensa.

Depois que o filme sair do Cinesesc, deve ir para outras salas de SP e de outras capitais brasileiras. A programação de cidades, salas e horários será sempre atualizada na página do filme no Facebook (aqui).

No documentário de 101 minutos, ao longo das entrevistas, diversas casas noturnas e bares são relembrados, como a boate Homo Sapiens ( a famosa “HS”, onde hoje funciona a boate gay Bailão ), a danceteria Off, o inferninho Val Improviso e os bares lésbicos Ferro’s Bar, Moustache e Feitiço’s. Além, naturalmente, da boate Nostro Mondo, inaugurada em 1971 e que durou 42 anos.

Nas gravações, registradas em junho de 2013, a equipe entrevistou cerca de vinte pessoas, que revelaram suas memórias e experiências. O escritor João Silvério Trevisan, o jornalista Celso Curi – autor da pioneira Coluna do Meio, primeira coluna gay do jornalismo brasileiro, em 1976 -, o historiador norte-americano James Green e os jornalistas Leão Lobo e Mário Mendes, entre outros, dão seus depoimentos no filme.

A empresária Elisa Mascaro é outro destaque. Ao lado do marido, Fernando Simões, ela foi proprietária de três casas noturnas que marcaram o cenário gay da cidade: o K-7, o Medieval e a Corintho. A transformista Miss Biá, que começou a carreira em 1960, a transexual Gretta Starr e a drag queen Kaká di Polly também comparecem com histórias pitorescas, emocionantes e inesquecíveis.

São Paulo em Hi-Fi foi exibido pela 1ª vez em novembro de 2013 no Festival Mix Brasil da Diversidade Sexual, em São Paulo. No fim de 2014, o projeto foi premiado pelo programa “Fomento ao Cinema Paulista” do ProAC – Governo do Estado de São Paulo, e recebeu apoio da Sabesp para ser finalizado. Assim, o filme ganhou nova mixagem de cor, de som, trilha sonora original, nova direção de arte e repaginação geral. Transformou-se num novo filme, a versão definitiva da obra – e é essa versão que finalmente estreia nos cinemas, em maio de 2016, pela primeira vez em circuito.

Entre os prêmios vencidos pelo filme estão: Prêmio do Público: Melhor Documentário – 18º Queer Lisboa / Lisboa, Portugal; 3º Prêmio Papo Mix da Diversidade – Categoria Cultura LGBT; Prêmio Câmara Municipal de São Paulo – Dia Municipal de Combate à Homofobia; e Troféu Ida Feldman – 21º Festival Mix Brasil da Diversidade Sexual. O filme já foi exibido também em 11 festivais, entre eles o 28º Mix Milano Festival, na Itália, e 18º Queer Lisboa, em Portugal.

O filme está sendo lançado pela Cigano Filmes, produtora independente, baseada em São Paulo. Em 2016, a Cigano lança seu primeiro longa-metragem, São Paulo em Hi-Fi, e seu mais recente curta-metragem, “Xavier”, de Ricky Mastro.


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Documentário sobre noite gay, São Paulo em Hi-Fi estreia em nova versão

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