(ANSA) – O novo filme do Zé do Caixão vai abrir o terceiro dia da seção paralela do 65º Festival Internacional de Cinema de Veneza.
Apresentado na seção fora de concurso, "Encarnação do Demônio" é o último episódio da saga do personagem criado pelo diretor José Mojica Marins e encerra uma trilogia iniciada com "À Meia-Noite Levarei sua Alma" (1964) e "Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver" (1967).
A trama do filme retoma a história de Zé do Caixão 40 anos após sua prisão, quando o sádico coveiro é solto e volta a se dedicar à missão que o havia levado a ser preso: encontrar a "mulher superior" que dê a luz a seu filho perfeito. Com seu fiel servo, o corcunda Bruno, se refugia em um esconderijo subterrâneo em uma favela de São Paulo habitada por uma seita de psicopatas que se tornam seus servos fiéis.
A partir dessa premissa, o diretor de 72 anos abre espaço para uma série inacabável de atrocidades gratuitas. Todos os personagens são maus e corrompidos, do coronel interpretado por Jece Valadão, último papel do ator falecido em 2006, ao Mistificador, espécie de anjo demoníaco interpretado pelo diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa, que já havia trabalhado com Mojica em "O Despertar da Besta" (1969).
Com orçamento de R$ 1,8 milhão, "Encarnação do Demônio" é uma superprodução trash.
