(EFE) A Comissão Europeia (CE, órgão executivo da União Europeia) pediu hoje à comunidade internacional que apoie os compromissos europeus para a redução de emissões poluentes, e advertiu que a aceleração da mudança climática exige um acordo global muito mais ambicioso que o marcado pelo Protocolo de Kioto.
Às vésperas do quarto aniversário da entrada em vigor do acordo ambiental, o comissário do Meio Ambiente da União Europeia (UE), Stavros Dimas, lembrou, em comunicado, que o bloco está a caminho de alcançar os objetivos marcados para 2012 pelo protocolo (redução das emissões em uma média de 5,2% a respeito de 1990).
Além disso, a UE está disposta a diminuir em 30% as emissões até 2020, também em comparação a 1990, se os outros países industrializados contribuírem, "de acordo com suas responsabilidades e capacidades".
"É o momento de nossos parceiros nos seguirem para que as negociações a um novo acordo alcancem um alto nível", disse Dimas, sobre a negociação internacional sobre redução de emissões que acontecerá em dezembro, em Copenhague.
Em janeiro do ano passado, a CE defendeu que desta reunião saia a criação de um mercado global de direitos de emissão de dióxido de carbono (CO2), mas a posição final da UE ainda deve ser negociada com as outras instituições comunitárias (Parlamento e Conselho).
A CE reivindica a atuação dos países industrializados e das nações em vias de desenvolvimento, de modo que a redução global de emissões alcance 50% em 2050.
Os Estados mais pobres deverão cortar suas emissões entre 15% e 30% até 2020, e para isso terão que reduzir os gases procedentes do desmatamento tropical e adotar estratégias de desenvolvimento limpo que cubram os principais setores emissores antes de 2011.