De acordo com um levantamento do Ipea, 70% dos estupros são cometidos por parentes, namorados, amigos ou conhecidos da vítima. O agressor, portanto, está dentro de casa. A atriz Gisele Itié faz parte dessa triste e infeliz estatística. Em entrevista à revista Glamour, Gisele revelou ter sido abusada aos 17 anos pelo próprio ex-namorado.

Ela era virgem e tinha planos de se casar assim, com o agressor. Tudo mudou quando “X”, como ela prefere chamá-lo, drogou sua bebida. Ele desejou boa noite à namorada e a chamou de “Cinderela”.

“Acordei. Olhei para o lado, e lá estava ele, dormindo. Olhei melhor e o vi nu. Susto. Me olhei. Nua. O chão forrado de garrafas vazias. Eu forrada de amnésia. Foi difícil sentar. Então vi o que eu já imaginava. Perdi a virgindade. Me perdi”, detalhou.

Aos prantos, Gisele ordenou que “X” a levasse para casa, onde pode desabafar e explicar o ocorrido à mãe. Com o apoio dela e terapia, a atriz conseguiu superar a violência e voltar à carreira.

O desabafo de Gisele não foi recebido com empatia e compreensão por algumas mulheres. A atriz foi criticada e, de certa maneira, culpabilizada pela própria violência. No Instagram, Gisele apenas lamentou a reação negativa vinda de mulheres, principais vítimas de estupro no Brasil e no mundo.

Uma foto publicada por GiseLLe ItiÉ (@gitie) em


“Quando leio comentários de mulheres julgando o abuso que sofri e/ou a violência que a mulher sofre todos os dias… E julgando como? Reagindo com insensibilidade e indiferença e acreditando que a vítima ‘ajuda’ para que o agressor seja violento. Bem, é muito frustrante perceber esse tipo de reação ainda mais de mulheres”, completou.

O caso de Gisele não é isolado. Veja outras mulheres do mundo do entretenimento que carregam as cicatrizes do abuso sexual:


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'Trauma irreparável': como Gisele Itié, conheça histórias de famosas que sofreram abuso sexual

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