Tudo começa quando em um estado de futebol completamente lotado o time da casa faz um gol e, na comemoração, um grupo levanta uma bandeira com as cores do arco-íris, símbolo universal do movimento gay. A cena, que pode ser impensável para alguns, vem sendo ensaiada pelos torcedores de vários clubes brasileiros, que pretendem levar para os campos de futebol a luta contra a homofobia.

Grandes clubes como Internacional de Porto Alegre, Corinthians, Atlético-MG, Cruzeiro, Bahia, São Paulo, Palmeiras e Grêmio são alguns dos apoiadores da causa.

Tudo começou quando, há pouco mais de um mês, uma torcedora do Atlético-MG criou no Fácebook a página Galo Queer. O nome une o apelido do time a um termo em inglês usado para se referir à gays de forma pejorativa que acabou sendo apropriado pelo movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros.

A torcedora que prefere não ser identificada disse em entrevista à BBC Brasil que a ideia de criar a página veio após sua ida ao estádio em que ela notou que os gritos homofóbicos da torcida, muitas vezes, pareciam mais importantes que o hino do clube.

Em poucas semanas, a página ganhou mais de 5 mil seguidores e com o tempo, à medida que ela publicava textos em defesa da causa e do clube, as reações negativas foram ficando cada vez menores perto das mensagens positivas dos internautas.

“Queremos ver a reação das pessoas, para não deixar o movimento ser só virtual”, declarou a criadora da página online.

Inspirados pelo Galo Queer, outros grupos de torcedores seguem o caminho em busca da luta contra a homofobia e também da discriminação contra mulheres no futebol.


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Torcedores brasileiros se unem para combater a homofobia no futebol

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