Boatos, teorias, hipóteses, temores… Quando combinamos os tópicos “transgênero” e “banheiro”, algumas pessoas apenas sentem vontade de sentar no chão e começar a chorar. Afinal, mulheres trans podem usar o banheiro feminino, conforme a própria identidade de gênero sugere? Ou é algo que deve levar em conta apenas o órgão sexual da pessoa em questão, ignorando todo o resto? Alguns são a favor, outros são contra. O que aconteceria com pequenas crianças e mulheres quando se deparassem com uma trans dividindo o mesmo espaço que elas? Há quem sugira traumas irrecuperáveis. Tsc tsc.
Josh A. Goodman, do HuffPost Queer Voices, resolveu acabar com o mistério e investigar o comportamento clássico de pessoas trans na hora de usar o banheiro – masculino ou feminino, tanto faz. Com essa lista, todos podem se preparar para o que vem por aí:
1 – Abrir a porta
Essa, sem dúvida, é a primeira ação de uma pessoa trans no banheiro. Até porque não dá para usar nada se você não estiver dentro desse ambiente, não é verdade? Parece óbvio, a gente sabe, mas tudo começa com o giro da maçaneta. Ah, homens e mulheres trans podem abrir a porta por conta própria ou contar com a gentileza de alguém que está saindo do banheiro, também.
2 – Caminhar
Por que alguém resolve abrir a porta de um banheiro? Bem, temos infinitas hipóteses, como tudo nessa vida. No geral, pessoas trans caminham no banheiro em busca de uma cabine livre para poder “aliviar” necessidades. Claro que não fica só nisso, né? Trans podem aproveitar para usar o espelho, conversar no telefone com alguém, arrumar a roupa… Bom, praticamente o que todo mundo faz quando vai ao banheiro.
3 – Usar o banheiro
Esse é um comportamento clássico, como observou Josh Goodman. Mulheres trans costumam entrar em uma cabine, fechar a porta e fazer o número 1 ou número 2 em silêncio, com os próprios pensamentos. Talvez elas mexam no celular ou leiam um livro, mas ninguém gosta de ficar lá dentro por muito tempo. O mesmo vale para homens trans, que eventualmente usarão o mictório ou as cabines, como as mulheres. Ah, caras, vocês não deveriam se preocupar com o fato de um homem trans usar o mesmo mictório que vocês. Se você olha para a região íntima da pessoa ao lado, o problema é você, com certeza,
4 – Lavar as mãos
Quem diria, né, gente? Pessoas trans também gostam de lavar as mãos logo depois de usar o banheiro, com sabonetinho e tudo! O ritual parece um pouco complicado, mas vamos explicar direitinho como essa etapa funciona, ó: primeiro eles abrem a torneira, depois enxaguam as mãos, daí aplicam um pouco de sabonete, fazem aquela espuminha básica e enxaguam novamente, com agilidade. Pegou?
5 – Secar as mãos
Quem é que gosta de andar pingando por aí? Pessoas trans certamente detestam esse tipo de coisa, credo. Depois de lavar as mãos, esses homens e mulheres têm preferência por papel toalha ou secadores elétricos para retirar o excesso de água das mãos. Dá para usar os dois também, caso o secador seja beeeem fraquinho.
6 – Deixar o banheiro
Depois desses 6 passos, acabou a brincadeira. Pessoas trans não moram em banheiros, caso você desconheça esse fato. Com as mãos limpas e secas, homens e mulheres vão embora do banheiro, aliviadas e revigoradas, para tocar o dia e a vida em paz. Que diferente, né?
A ironia, aqui, é bem óbvia e debochada. Nós já compartilhamos banheiros e espaços públicos com pessoas trans muitas outras vezes, e não há nada de anormal, doente ou perigoso nisso. O erro é insistir na marginalização, tratando a identidade de gênero como algo digno de descarte e proibição por lei. Isso leva a outras coisas ainda mais graves, como preconceito, problemas de depressão e baixa autoestima, violência… Péssimo, vamos combinar!
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Créditos: Montagem/Virgula