Diogo Silva é responsável por um das histórias mais fantásticas da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Mesmo com o pé machucado, o lutador de taekwondo avançou até a semifinal e só não chegou na final por detalhes decididos pela arbitragem de maneira polêmica.
Nesta segunda-feira (8), o atleta participou do Virgula.Mix e conversou um pouco sobre a sua experiência em disputas olímpicas. “Eu fui em [Atenas] 2004 a primeira, tinha 22 anos. Então tudo era muito divertido. Sem contar que foi na Grécia, berço dos Jogos Olímpicos. Mas não é só a parte de dentro que é divertida, a de fora também. Muitas vezes você nem tem ingresso, mas acontecem muitas coisas do lado de fora”, afirmou ele.
Medalhista de ouro no Pan do Rio de Janeiro, em 2007, e quarto lugar nos Jogos de Londres, Diogo confessou que, de vez em quando, a Vila dos Atletas é palco de algumas “fugidinhas” dos competidores. “Tem alguns safadinhos, não tem como. Eles estão concentrados há, no mínimo, seis meses, aí disputam os Jogos, acabou, ganhou, no Rio de Janeiro… não tem como. Durante é mais complicado, porque algumas modalidades coletivas e o judô disputam os Jogos do início ao fim. Já esportes como o meu são quatro dias. A gente fica os quatro e vai embora. Aí é muito mais difícil, você tem que fazer depois (risos). Mas é perigoso porque a Vila tem regras e são bem rígidas”, disse.
Para Diogo, as Olimpíadas do Rio de Janeiro são um ótimo momento para se entender um pouco melhor a competição. “Eles são quatro vezes maiores que uma Copa do Mundo. Nesse ano, vieram 206 países. Sem modalidade olímpica, é praticamente impossível que muitos desses países apareçam”, opinou.
Atualmente, Diogo se dedica ao projeto musical Senzala Hi-Tech, um coletivo de música negra que reúne seis rappers brasileiros e une uma série de estilos. “O Senzala é um coletivo de seis músicos no qual interagimos o rap com batuques da música nacional e com a música digital. Tudo começou em meados de 2008 com o MC Sombra. Aí nos apresentaram, estávamos conversando e eu disse que tinha a ideia de fazer um coletivo de músicos para fazer canções para os atletas que estavam vindo competir os Jogos Olímpicos, porque já tinha essa ideia de Olimpíada no Brasil”, lembrou.