(por Gabriela Rassy) – O recente assalto à Pinacoteca não foi nem de longe o primeiro roubo a um importante museu de São Paulo. Em 2007, foram levadas do MASP duas das mais importantes obras de seu acervo e, do Museu do Ipiranga foram roubados mais de 900 itens, ao todo, estimados em R$ 1 milhão.

Mas, o que será que esses e outros museus fizeram para proteger seus respectivos acervos?
Apesar de não divulgarem a fundo o esquema de segurança, os museus da cidade liberam alguns dados que mostram a preocupação em evitar que as obras sejam levadas.

O MASP, fundado em 1947 e considerado o maior da América Latina, se preocupou bastante em melhorar a segurança, para que ninguém mais saísse com obras debaixo do braço – atravessando a avenida Paulista. Segundo a direção do museu, agora a Polícia Militar participa efetivamente da segurança. Foi colocada uma cabine em frente ao Parque Trianon e uma viatura fica durante a madrugada no vão livre. Além disso, a PM implantou uma base fixa de Segurança Comunitária que funciona 24h por dia na calçada do Parque em frente ao MASP. Foram instaladas câmeras e foi contratada uma empresa de segurança que providenciou homens armados e R$ 1 milhão em equipamentos para aprimorar a vigia.

O Museu Paulista da Universidade de São Paulo, mais conhecido como Museu do Ipiranga, é o mais antigo da cidade. Fundado em 1890, o Ipiranga melhorou seu esquema de segurança depois de perder mais de 900 cédulas e moedas de ouro. "Nos últimos meses a Reitoria da Universidade de São Paulo e a Direção do Museu Paulista ampliaram o quadro de vigilantes e implantaram novos equipamentos tendo em vista garantir a integridade dos acervos, funcionários e visitantes", disse a diretora do museu, professora Cecília Helena Oliveira.

Os únicos que passaram ilesos aos assaltos foram o Museu de arte Moderna de São Paulo – MAM – e o Museu da Casa Brasileira. Criado em 1948, o MAM procura proteger seu acervo e uma forma bem diferente. O museu expõe as obras e depois às deixa armazenadas em um galpão especializado. Assim, não é possível saber onde as obras estão. “Além disso, todas as obras do acervo estão asseguradas em apólice que especifica peça por peça, assim como todos os trabalhos artísticos de outras coleções exibidos no MAM-SP também possuem seguro enquanto estão sob responsabilidade do museu", informou a assessoria de imprensa do museu.

O Museu da Casa Brasileira disse que apenas a Secretaria de Estado da Cultura pode dar declarações a respeito do esquema de segurança. O Virgula entrou em contato com a secretaria mas não teve respostas.

A Pinacoteca garante que o esquema já foi alterado depois do assalto, porém a assessoria de imprensa só divulga que os guardas agora ficam armados.

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SP: Museus tentam, mas não evitam roubos