(Da Redação) Um novo estudo feito pela Universidade de Chicago aponta que a solidão e o isolamento social podem ser tão nocivos, para a saúde de uma pessoa, quanto o cigarro. Realizada pelo professor John Cacciopo, professor de Psicologia da Universidade, a pesquisa comprova que a solidão pode afetar o comportamento das pessoas e prejudicar a forma como seus cérebros funcionam.
Para chegar ao resultado, o pesquisador utilizou exames de ressonância magnética (fMRI) para estudar as conexões entre isolamento social e atividade cerebral. O que o professor notou é que, em pessoas mais sociáveis, uma região do cérebro – conhecida como estriato ventral – fica mais ativa quando elas observam imagens de pessoas em situações agradáveis. Mas o mesmo não acontece nos cérebros de pessoas solitárias.
"Devido aos sentimentos de isolamento social, indivíduos solitários podem ser levados a buscar um certo conforto em prazeres não sociais", disse Cacioppo, em entrevista para o jornal Daily Telegraph. O professor cita como exemplos de prazer não sociais os atos de comer ou beber demais, que podem causar malefícios às pessoas. Conforme o estudo, a solidão em excesso pode causar até Mal de Alzheimer.
Ao explicar seu estudo ao jornal, Cacciopo recorreu ao cientista Charles Darwin para tentar explicar esse mecanismo do cérebro humano. Para o pesquisador, a necessidade de conexão com outra pessoa teria suas raízes na evolução da espécie. Para sobreviver, os humanos tiveram de se unir, afirma Cacciopo. Segundo o psicólogo, ao longo da evolução humana, o altruísmo e a cooperação permitiram que a espécie florecesse.
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